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Nory, Diego, Daiane: Brasil coleciona quedas no solo da ginástica artística

Arthur Nory saiu feliz com a apresentação na barra fixa, mas se descontrolou com a nota baixa Imagem: Gaspar Nóbrega/COB

Denise Mirás e Leonardo Parrela

Colaboração para o UOL, de São Paulo

24/07/2021 08h03

A segunda participação olímpica de Arthur Nory, que chegou aos Jogos de Tóquio-2020 para brilhar, terminou com uma queda feia. Campeão mundial da barra fixa em Stuttgart-2019, Nory teve uma apresentação ruim e, decepcionado, perdeu totalmente a concentração. Quando foi disputar o próximo aparelho, o solo (no qual ganhou o bronze na Rio-2016), escorregou ao fim da última passada e caiu sentado, lembrando o que houve com Diego Hypólito em Pequim-2008.

Diego Hypólito após cair durante apresentação do solo em Pequim-2008 Imagem: Jed Jacobsohn/Getty Images

Diego Hypólito passou por quedas constrangedoras em suas duas primeiras Olimpíadas. Mas se recuperou com uma prata olímpica no solo do Rio-2016. Em Pequim-2008, caiu sentado no solo. Anos depois falou da sensação de "morte", como definiu. Para a TV Globo, em 2015, comentou: "Quando caí, fiquei com tanta vergonha que me sentia pior que um criminoso. Eu não queria sair do quarto, eu não queria ser visto, porque foi uma morte para mim. E eu demorei muito para me reerguer como atleta e como pessoa".

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Em Londres-2012, Hypólito caiu de cara — disse que dobrou o joelho e não sabia se havia entrado no solo desconcentrado e, ainda na zona mista, falou: "Não sei o que acontece comigo. Tantas pessoas me deram apoio e cheguei aqui e caí, mais uma vez de cara. Errei porque errei. Amarelei".

Foi no Mundial de Melbourne-2005 que Daiane dos Santos também caiu sentada - e justamente no movimento a que deu nome na ginástica mundial: o "Dos Santos", duplo twist carpado. Em Atenas-2004, o erro foram "dois passinhos para o lado", em que pisou fora da área de competição no solo, e perdeu a chance de ir ao pódio. A brasileira comentou: "Estava nervosa. Foi mais por mim mesma, não pela pressão dos outros. Tem de ter um controle emocional grande. Tive uma falha. É uma coisa que acontece. E não adianta ficar chorando".

O tombo mais recente do brasileiros havia sido de Daniele Hypólito, que também caiu sentada no solo dos Jogos do Rio-2016 e reclamou do destaque para as falhas de sua apresentação, em vez das conquistas de sua longeva carreira.

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