Antes imbatível, Joanna encara Zhang para mostrar que não é passado no UFC
Brunno Carvalho
Do UOL, em São Paulo
07/03/2020 04h00
"Não posso parar agora, todos os olhos estão em mim". A vitória sobre Jéssica Andrade no UFC 211, em maio de 2017, indicava que seria questão de tempo para Joanna Jedrzejczyk mudar de divisão e acumular os títulos dos palhas e dos moscas. A própria polonesa imaginava coisas grandes. Considerando-se uma "campeã internacional", ela consolidava o status de maior nome feminino do MMA.
Mas a caminhada depois daquela vitória foi diferente do que Joanna previa. Ela perdeu duas vezes para Rose Namajunas e ficou sem seu cinturão dos palhas. Depois, subiu para a divisão dos moscas e foi derrotada na disputa pelo título por Valentina Shevkchenko.
Por todo seu passado na organização, uma vitória sobre Michelle Waterson foi suficiente para recolocá-la na rota do cinturão três anos depois daquela defesa contra Jéssica Andrade. Diante de Weili Zhang, hoje (7), ela tentará provar que não é passado na organização mais importante do mundo e voltar ao posto que por anos ocupou.
"Desde que perdi o cinturão, fiquei ainda mais obcecada (para tê-lo) do que quando era campeã. Com o cinturão, fisicamente ou não, você pode agir como a campeã. Eu fiz isso. Não uma vez, mas seis vezes. Tenho saudade", disse Joanna, em entrevista ao site "MMA Fighting".
A luta contra Zhang, a segunda mais importante do UFC 248, será determinante para a carreira de Joanna. Se perder uma disputa de cinturão dos palhas pela terceira vez, ficará difícil de imaginar uma nova chance para a lutadora de 34 anos.