Rival de KLB promete duelo pop x rock e brinca: 'tenho mais medo de apanhar das fãs'
Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo
05/11/2012 06h00
Depois de anunciar que fará sua estreia no MMA, Bruno Scornavacca, conhecido por sua carreira de músico na banda KLB, já sabe data e rival do desafio. O responsável por tentar frustrar a nova carreira do baixista e cantor é Diego Mercurio, de apenas 21 anos. Jovem na idade, mas um lutador desde os oito anos de idade, o paulista de Limeira colocará em jogo a tradição da família nas artes marciais, mas encara com respeito e bom humor o combate.
“Eu brinquei com meu pai que tenho mais medo é das fãs dele”, ri o lutador, que ainda assume uma outra rivalidade com o KLB, vide seu apelido: Diego Ramones. “Eu gosto de rock, então vamos fazer aí um duelo pop x rock. Sou fã de Ramones, System of a Down, Iron Maiden... KLB está muito longe do meu gosto (risos).”
Apesar das piadas, Diego é sério ao falar do combate. Enquanto as brincadeiras acontecem e até o próprio Bruno sabe que terá de enfrentar muita torcida contra devido à sua carreira musical, o jovem lutador tenta deixar de lado este tempero extra do combate.
“Agradeço a todos que torcerem para mim. Muita gente brinca e fala besteira, mas eu fico na minha, não tenho preocupação com essas coisas. O Bruno treina há oito anos, então preciso respeitar. Além disso, foi uma honra ser chamado”, explica Diego. “Vamos ver como será. Ele sabe qual é a adrenalina de cantar, mas agora tem os amigos e família vendo você tomar porrada. É diferente.”
Diego tem uma carreira ainda sem vitórias no MMA. Foram quatro lutas como profissional, com dois reveses por finalização e dois por nocaute. Mesmo assim, ele confia que não é apenas uma escada para Bruno subir seu primeiro degrau.
O paulista começou a lutar bem cedo, com oito anos de idade, por influência do pai, professor de caratê. Depois, foi para o muay thai e já aos 15 aos passou a lutar profissionalmente. Próximo à maioridade, começou a lutar MMA.
“Já fiz capoeira, tentei jogar futebol, participei de natação... Mas não era aquela adrenalina que eu gostava, da luta”, conta ele.
Quanto ao cartel, garante que tem o necessário para bater Bruno. “Faz muitos anos que minha família está nas lutas. Eu lutava todo fim de semana, muita gente já me viu ir para o ringue até machucado. Isso é meu sonho e isso é disso que gosto. Estou tranquilo, calmo. Estou preparado para o Bruno. Não vou para brincar com ele, vou fazer o melhor de mim. Não é porque é famoso que vou dar mole”, conclui o jovem artista marcial.