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Panela de pressão: Corinthians joga 'final' sem clima de festa em Itaquera

Imagem: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

27/10/2018 06h20

O Corinthians joga neste sábado, às 19h, em casa, uma final de campeonato contra o Bahia. A partida tem esse caráter pela situação do time no Campeonato Brasileiro, flertando com a zona do rebaixamento. Mas, ao contrário das outras decisões, desta vez não houve apoio da torcida em treino antes do jogo, o clima passou a ser de protesto e o estádio em Itaquera estará mais para panela de pressão em meio à crise.

Virou rotina. Em véspera de decisão na Arena, o Corinthians abria o treino e levava ao jogo a energia da Fiel. Ao lado do time, os torcedores davam o recado de que jogariam juntos. Mas o clima de paz foi alterado nesta semana, com a insistência do time na parte de baixo da tabela do Brasileiro. Pela primeira vez na temporada, houve cobrança por parte dos torcedores, em reunião da Gaviões da Fiel com o presidente Andrés Sanchez.

A torcida cobrou o presidente e prometeu aumentar a fiscalização sobre time e jogadores. O movimento, claro, não passa desapercebido pelo clube. Os jogadores e o técnico Jair Ventura sabem que entrarão em campo com a obrigação de vencer. Caso contrário, a situação ficará dramática. O Timão iniciou a rodada podendo terminá-la na zona do rebaixamento.

Somado ao clima desfavorável estão os problemas corriqueiros encarados pelo técnico Jair Ventura. Mais uma vez, ele pode não repetir a escalação de um jogo para o outro. Isso nunca aconteceu desde que ele assumiu o clube. Clayson e Roger, reservas, estão suspensos, mas durante a semana ele treinou sem Jadson, com dores musculares. Não dá para lamentar, mas o técnico tenta se explicar.

"A gente quando fala que o Corinthians ainda não repetiu escalação, a gente tem duas situações diferentes: não repete por opção ou não pode repetir. Se eu tivesse o Jadson, eu poderia repetir a escalação. Se eu não tenho, sou obrigado a não repetir. Em 11 jogos, só mudei sem ser obrigado foi duas vezes, nas demais fui obrigado. São coisas diferentes. Lógico que você quer dar sequência para dar entrosamento, ritmo, mas também quando vê situações que não satisfaz, você pode mudar. Que fique bem claro, que de 11 vezes, só duas eu mudei, as demais fui obrigado", ponderou o treinador.

Atual campeão brasileiro e paulista, vice-campeão da Copa do Brasil, o Corinthians vive seu pior momento dos últimos anos com a ameaça do rebaixamento. Nenhum torcedor gosta nem de lembrar do que aconteceu em 2007, ano da queda. Por isso, tem pressa pela reação. A pressão está com os jogadores, que precisam reverter a temperatura do cadeirão de Itaquera.

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