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É um ai, Jesus! Fla-Flu volta a despertar rivalidade histórica

03/03/2017 07h00

A rivalidade entre Flamengo e Fluminense voltará a escrever um capítulo de decisão neste domingo. O bem montado Rubro-Negro de Zé Ricardo vê seu 100% de aproveitamento desafiado por um Tricolor das Laranjeiras em ascensão sob o comando de Abel Braga.

Enquanto as duas torcidas aguardam as futuras emoções do Fla-Flu, o LANCE! recorda alguns momentos que fizeram multidões despertarem ainda mais para este clássico eletrizante.

CARIOCA DE 1941 - AS ÁGUAS ROLAM NO 'FLA-FLU DA LAGOA'

O sofrimento e a catimba ditaram a luta pelo título em 1941. Jogando pelo empate no clássico da Gávea, o Fluminense abriu uma vantagem de dois gols mas, viu o Flamengo arrancar o empate. À medida que o relógio corria, os tricolores utilizaram uma estratégia inusitada: parar os ataques adversários com direito a rechaçar bolas para a Lagoa Rodrigo de Freitas. O Fla passou a improvisar até remadores do clube como gandulas, mas não evitaram o empate em 2 a 2 que deu ao Fluminense a conquista.

CARIOCA DE 1963 - UM MAR DE FESTA RUBRO-NEGRA

O maior público da história do Maracanã testemunhou a volta olímpica do Flamengo no Carioca de 1963. Jogando pelo empate para acabar com o árduo jejum de sete anos, o Rubro-Negro de Nelsinho, Carlinhos e Oswaldo viu o goelrio Marcial ser alçado a herói, segurando o poder ofensivo do Fluminense de Escurinho e Altair. Diante de 177.656 pagantes (194.603 presentes), o Fla garantiu o empate em 0 a 0 no Fla-Flu e sagrou-se campeão.

CARIOCA DE 1969 - TRICOLORES, ABAIXO A HUMILDADE!

Aos olhos do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, em 1969, "no maior Fla-Flu de todos os tempos, o Tricolor conquistou a sua mais bela vitória". De início, o Fluminense marcou com Wilton e, logo após Liminha igualar, Cláudio garantiu ao clube das Laranjeiras a ida para o intervalo com vantagem. Dionísio fez o Flamengo, mesmo com um a menos voltar a reagir e lutar mesmo com uma menos (Dominguez foi expulso). Mas, no fim, a equipe de Telê Santana viu Flávio decretar o 3 a 2, que deu a Nelson Rodrigues a certeza tricolor: "A humildade acaba aqui!".

CARIOCA DE 1972 - GRINGO FAZ A FESTA

A final de 1972 trouxe a consagração de um argentino em vermelho e preto. "Fazedor de gols" do Rubro-Negro, Doval abriu o placar daquele que seria o primeiro título carioca de sua história no Flamengo. "El Loco" ainda viu Caio Cambalhota ampliar o placar. jair diminuiu no segundo tempo, mas o Fluminense de Gerson e Didi não conseguiu reagir a tempo de impedir o sonho do título.

CARIOCA DE 1973 - FLU CAMPEÃO ATÉ DEBAIXO D'ÁGUA

Coube a um Fla-Flu definir quem seria o campeão carioca de 1973 mas, desta vez, o troco foi tricolor em uma partida eletrizante. Em uma noite de chuva torrencial durante o jogo do Maracanã, o Fluminense abriu dois gols de vantagem no primeiro tempo. Porém, o oportunismo de Dadá Maravilha apareceu duas vezes e fez o Flamengo reagir. Mesmo em meio ao baque, o Tricolor encontrou forças e, com gols de Manfrini e Dionisio, sacramentou um 4 a 2 com volta olímpica.

CARIOCA DE 1983 - 'RECORDAR É VIVER...'

Após estrear no triangular final com um empate sem gols diante do Bangu, o Fluminense chegou ao Fla-Flu precisando de uma vitória para seguir com vida na busca pelo título carioca. Os tricolores viveram tensão para soltar o grito aos 45 minutos da etapa final.

Delei lançou o recém-contratado Assis, que passou como quis e chegou à grande área para balançar a rede, decretando 1 a 0. O Fluminense conhecia um ídolo, e o Flamengo conhecia um carrasco histórico, eternizado por: "Recordar é viver, Assis acabou com você".

CARIOCA DE 1984 - 'SE TIVER QUE SER ASSIS, SERÁ...'

O Fla-Flu voltou a definir o campeão carioca no ano seguinte, e manteve a festa tricolor, com direito à repetição de "carrasco rubro-negro". Em partida acirradíssima, especialmente nos ânimos Fillol declarar que não levaria o gol sofrido por Raul na final anterior, o clássico seguiu lá e cá, com nomes como Andrade, Tita, Romerito e Washington.

Porém, após cruzamento de Aldo, quem surgiu entre os zagueiros rubro-negros novamente foi Assis. Em meio à comemoração tricolor no Maracanã, o atacante ainda soltou: "Falar é fácil, mas na hora de ir lá defender ele não conseguiu".

CARIOCA DE 1991 - MESTRE JÚNIOR REGE O TÍTULO

A volta de Júnior ao Flamengo após um longo período no exterior foi celebrada com título no Fla-Flu. Após empate em 1 a 1 no jogo de ida, a equipe regida pelo "Mestre Júnior" viu um Ézio em grande fase abrir o placar para os tricolores. Sem se intimidar, o Rubro-Negro teve uma reação impiedosa no segundo tempo com sua safra de jogadores jovens. Após Uidemar igualar, "mais um golaço de Gaúcho" deu a virada, e Zinho marcou o terceiro. Ézio esboçou uma reação tricolor, mas viu Júnior garantir o triunfo por 4 a 2.

CARIOCA DE 1995 - TÍTULO 'POUSA DE BARRIGA' NAS LARANJEIRAS

Um dos jogos com mais contornos dramáticos no Fla-Flu foi a mais recente decisão de título carioca entre os clubes. Mesmo diante de um Flamengo que comemorava seus 100 anos de fundação e contava com badalados como Romário, Sávio e Branco, o "time de operários" do Tricolor saiu na frente no Maracanã lotado, com gols de Renato e Leonardo.

Mas o Fla-Flu tem das suas e, no segundo tempo, o Rubro-Negro reagiu, igualando em seis minutos com Romário e Fabinho e, devido à vantagem do empate, ficando perto do título. Mesmo com as expulsões de Sorlei, Lira e Lima (enquanto Marquinhos foi expulso do lado do Fla) e gritos de "é campeão" do outro lado, o Flu foi à frente e, após Ailton iludir a zaga e encher o pé, Renato Gaúcho surgiu na área para, de barriga, garantir aos 42 minutos o título do Fluminense.

TAÇA GUANABARA DE 2004 - BAILE VERMELHO E PRETO

A mais recente decisão vencida pelo Flamengo aconteceu na Taça Guanabara de 2004, e rendeu boas doses de emoção em um sábado de Carnaval. Aproveitando um cruzamento de Zinho, Fabiano Eller abriu o placar para o Flamengo. O Fluminense reagiu na etapa final, igualou com Antônio Carlos, mas viu Jean deixar o Fla em vantagem rapidamente. O Tricolor não se intimidou, foi à frente e contou com um gol contra de Henrique para empatar. Mas, pouco depois, Ibson fez boa jogada e serviu Roger, que decretou a vitória por 3 a 2 e fez a torcida rubro-negra pular com a vaga na final do Carioca.

TAÇA RIO DE 2005 - PASSEIO TRICOLOR EM REVERÊNCIA AO PAPA

O baile foi tricolor na última decisão envolvendo Flamengo e Fluminense, pela Taça Rio de 2005. Com direito a grande atuação do lateral-esquerdo Juan, o Flu abriu o placar logo aos seis minutos com Tuta cobrando pênalti e, em seguida, viu o centroavante servir Leandro, que ampliou. No segundo tempo, Alex (aproveitando lançamento de Juan) e Preto Casagrande transformaram a vantagem em goleada. Nem mesmo o gol rubro-negro de Zinho, que decretou o 4 a 1, foi suficiente para abafar os gritos de "A benção, João de Deus", ecoados de uma forma simbólica: o triunfo aconteceu um dia após a morte do Papa João Paulo II, homenageado na canção entoada no Maracanã.

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