Diretor de compliance da CBF pede demissão
Igor Siqueira e Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro
20/06/2022 17h36
André Megale não é mais o diretor de governança e conformidade da CBF. Ele pediu demissão e abriu mais uma lacuna a ser preenchida na gestão Ednaldo Rodrigues.
Desde que assumiu o comando da entidade, Ednaldo já tinha trocado cinco diretores da gestão anterior. Megale é o primeiro a pedir para sair. Ele argumentou questões pessoais e uma escolha de momento profissional para deixar a CBF. O agora ex-diretor da CBF irá trabalhar em um escritório de advocacia em São Paulo.
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Em junho de 2021, Megale foi quem textualmente colocou sua assinatura e enviou uma carta a Rogério Caboclo, recomendando que o dirigente se afastasse da presidência da CBF para se defender das denúncias de assédio moral e sexual. Caboclo viria a ser punido pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro com uma suspensão maior que o tempo que tinha de mandato pela frente.
A diretoria de compliance foi criada em 2017 pelo então presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Até agora, Megale tinha sido o único titular da pasta.
A função dele era assegurar o cumprimento de normas éticas e legais nos processos internos da entidade, como na contratação de serviços e assinatura de contratos.
Internamente, o UOL apurou que não há uma sincronia perfeita entre alguns integrantes da equipe de trabalho trazida/escalada por Ednaldo e alguns diretores remanescentes da gestão anterior. É possível que mais mudanças na diretoria ocorram.
A CBF demitiu recentemente os diretores que ocupavam os setores de competições (Manoel Flores), marketing (Gilberto Ratto), registro e transferência (Reynaldo Buzzoni), além do jurídico (Luiz Felipe Santoro). Antes de vencer a eleição, Ednaldo já tinha mandado embora o secretário-geral Edu Zebini e o diretor de patrimônio, Dino Gentille.