Saída de Honda pressiona Kalou a assumir papel ainda vago no Botafogo
Caio Blois e Leo Burlá
Do UOL, no Rio de Janeiro
30/12/2020 04h00
A iminente saída de Honda frustra os planos do Botafogo em contar com um astro de renome internacional em seu elenco e pressiona Kalou a assumir um papel que ainda não conseguiu desde a sua chegada.
Assim como o japonês, o marfinense Kalou chegou cercado por grande expectativa, mas a decepção se repete. Com problemas de lesões e falta de ritmo, o atacante pouco inicia os jogos e sua passagem é para lá de tímida até aqui. Sem o companheiro e em um grupo que vê o rebaixamento de perto, a expectativa é que o astro se faça presente. No sonho da direção, os dois gringos seriam os líderes da equipe, os ídolos da torcida, mas ambos não justificaram essas esperanças.
O histórico recente do africano em campo não anima. Desde que chegou a General Severiano, o jogador atuou os 90 minutos em apenas quatro ocasiões e marcou apenas um golzinho com a camisa alvinegra.
A dupla internacional foi a cartada mais audaciosa da direção para 2020. Com pouco dinheiro em caixa, o Bota teve de apostar em nomes não muito conhecidos e nomes como Cortez, Danilo Barcelos, Thiaguinho e Ruan Renato vieram e já foram.
Destes, o caso mais simbólico foi de "Loco" Cortez. Contratado no início do ano, o equatoriano selou seu destino ao mexer em um vespeiro em General Severiano. Durante uma live, disse que o Flamengo era o "maior do Brasil", afirmação suficiente para abreviar seus dias no clube.
Não bastassem estes reforços com passagens curtas, o Alvinegro trouxe gente que sequer entrou em campo ainda, casos do lateral-direito Gustavo Cascardo e do atacante Cesinha. Além deles, peças como Kelvin, Angulo, Barrandeguy, Rentería e Luiz Otávio também não justificaram o investimento.
Atolado na zona do rebaixamento do Brasileiro, o Botafogo tem dias cruciais de preparação até o duelo contra o Athletico, dia 6 de janeiro. Com 23 pontos em 27 jogos, não há mais margem de erro e a reação tem de ser imediata.