Cruzeiro viveu drama com aposentadoria precoce de atleta há 12 anos
Enrico Bruno
Do UOL, em Belo Horizonte
13/07/2019 04h00
Na tarde de ontem, o Cruzeiro se solidarizou com o volante Adilson, do rival Atlético-MG, por causa da aposentadoria precoce em função de um problema cardíaco. Clube e jogadores prestaram apoio ao jogador que precisou pendurar as chuteiras aos 32 anos. Há quase 13 anos, o time celeste viveu situação parecida. O também volante Diogo Mucuri foi salvo por um desfibrilador nos treinos da Toca da Raposa, e precisou interromper sua carreira ainda curta no futebol.
Diogo Mucuri foi revelado no Cruzeiro e subiu para o time profissional em 2005. Em setembro do ano seguinte, sofreu um infarto pouco tempo depois de iniciar as corridas com os companheiros no campo da Toca da Raposa. O médico Octacílio da Matta foi chamado e realizou massagens cardíacas e respiratórias, mas foi necessário o uso do desfibrilador antes de Diogo ser encaminhado para o hospital. Após ser submetido a uma cirurgia, o jogador precisou interromper a carreira aos 20 anos de idade.
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"Foi um momento muito delicado. Quase perdemos ele dentro da Toca (da Raposa II). Se não fosse o atendimento rápido e os aparelhos que ficam em vários setores, a gente teria tido uma gravidade muito maior daquela situação. Foi um baque muito grande para todos nós", comentou o goleiro Fábio, que já estava no elenco celeste naquela ocasião.
O caso de Diogo Mucuri e Adilson se junta a outros dramas vividos por jogadores que precisaram pendurar as chuteiras após problemas cardíacos. No Brasil, o exemplo mais recente ocorreu com o atacante Everton Costa. Em 2014, ele defendia o Vasco quando sofreu uma arritmia cardíaca em uma partida pela Copa do Brasil. Após realizar uma cirurgia para colocar marca-passo, o jogador anunciou que deixaria os campos de futebol aos 29 anos.
"Parar de jogar é sempre difícil, ainda mais por causa de algo inesperado. Todos aqui dentro do Cruzeiro ficamos tristes, que ele possa ter força e fé para se alegrar. Independente das adversidades, temos que encontrar coisas positivas para tranquilizar nosso coração. Que ele possa aproveitar bem a vida dele com a família e que seja feliz fora do futebol", encerrou Fábio.