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Na mira do Fla, Gerson é pivô de ação milionária de R$ 9,5 mi contra o Flu

Allan e Gerson disputam bola durante duelo entre Fiorentina e Napoli no Campeonato Italiano Imagem: Tiziana FABI / AFP

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/07/2019 04h00

Alvo do Flamengo na janela de transferências, o meia Gerson ainda causa calafrios no rival Fluminense. Vendido pelo clube para a Roma em 2016, o jogador é "responsável" por uma das ações judiciais que mais preocupam o departamento jurídico do Tricolor.

Dona de 22,5% dos direitos econômicos do jogador, a empresa MPI S.à r.l, sediada em Luxemburgo, cobra o repasse de R$ 9.553.338,60 milhões referentes à transação. A ação monitória foi movida em 2018, mas o valor requerido à época era de R$ R$ 4.981.713,36. Em planilha obtida pelo UOL Esporte, a MPI alega descumprimento dos prazos para a cobrança deste montante e efetua os cálculos que sustentariam esse reajuste.

Para agravar a situação do Flu, esta nova conta feita pela empresa foi considerada pertinente pela juíza Flavia Justus. No dia 11 de junho, a magistrada emitiu despacho no qual fixa um prazo de 15 dias úteis para a quitação dos débitos e pede que "intime-se o credor para que indique bens passíveis de penhora" do clube. A data passa a ser contada a partir do dia 18, quando a publicação foi oficializada.

Na petição inicial encaminhada em fevereiro de 2018, André Ribeiro, advogado da empresa, detalha ainda que a MPI repassou 10% dos direitos que detinha a um outro investidor. O documento demonstra como foi pactuado o pagamento com o Fluminense, que teria que devolver o dinheiro recebido pela Roma em quatro parcelas aos luxemburgueses, sendo duas em real e duas em euro.

Em setembro do mesmo ano, o Flu acenou com um acordo para a resolução do caso, mas as conversas não evoluíram, o que fez com que a empresa, em fevereiro de 2019, pedisse à Justiça que desse prosseguimento ao processo.

Gerson em ação no Fluminense Imagem: Nelson Perez/Fluminense FC

A venda de Gerson foi efetivada pelo então presidente Peter Siemsen, e envolve outras pontas. Fora a parceira estrangeira, os direitos do meia da Fiorentina pertenciam ao Tricolor (70%) e à Traffic (7,5%). A operação totalizou 16 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões na época) e os italianos repassaram o dinheiro conforme o combinado em contrato. Para antecipar a sua parte, os cariocas contraíram um empréstimo na XXIII Capital, instituição financeira da Inglaterra. Boa parte deste dinheiro foi destinada para a compra do zagueiro Henrique, hoje no Corinthians.

Procurada, a assessoria de imprensa do Fluminense não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

Fla na cola de Gerson

Alheio ao imbróglio jurídico do rival, o Flamengo está determinado a ter o jogador o quanto antes. O técnico Jorge Jesus vê o atleta como um bom nome para a função de segundo volante, um dos focos da diretoria rubro-negra no mercado. O ex-tricolor tem contrato com a Roma, mas o Dínamo de Moscou, da Rússia, também demonstrou interesse.

No último domingo, uma conversa reuniu o diretor-executivo Bruno Spindel, o vice-presidente de Futebol Marcos Braz, Gerson e Marcão, pai e agente do atleta. Durante o encontro, o português conversou por telefone com Gerson, e reiterou seu desejo de tê-lo no elenco.

O saldo deste papo foi considerado positivo, mas, agora, a cúpula do Fla analisa os valores da proposta financeira a ser feita ao clube italiano. O Dínamo teria oferecido cerca de 10 milhões de euros (cerca de R$ 43 milhões) por 70% dos direitos.

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