Nem tudo é festa: na Copa América, Bahia teve deportação e ingressos falsos
Gabriel Carneiro
Do UOL, em Salvador
22/06/2019 12h00
A Arena Fonte Nova recebeu até agora três partidas válidas pela primeira fase da Copa América e protagonizou grandes festas com torcedores colombianos, argentinos, brasileiros, venezuelanos, equatorianos e chilenos. À espera de mais dois embates - o primeiro amanhã, entre Colômbia e Paraguai, e outro ainda indefinido, pelas quartas de final -, a cidade de Salvador também tem lidado com casos de violência nos últimos dias.
Houve, por exemplo, três deportações de torcedores colombianos logo após o primeiro jogo, em 15 de junho. Dois homens e uma mulher se envolveram em briga no estádio e foram apresentados pela Polícia Militar e Polícia Civil à Polícia Federal, que encontrou irregularidades na documentação, pendências relacionadas às leis de imigração. Os três foram obrigados a deixar o país, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
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Também foram registrados episódios de violência urbana, além do caso do turista esfaqueado após reagir a um assalto no bairro do Pelourinho. Na madrugada de domingo foi encontrada uma faca com um estrangeiro que se envolveu em princípio de briga e o homem foi conduzido à Delegacia Especial de Proteção ao Turista (Deltur), onde assinou um Termo Circunstanciado e foi liberado. Uma jornalista chilena também sofreu ferimentos durante uma tentativa de assalto.
O jogo entre Brasil e Venezuela contou com público superior a 40 mil pessoas e terminou com os seguintes registros: 14 furtos, dois roubos e uma ação de cambista que vendia ingressos de cortesia, que não são colocados à venda pela Conmebol. Também houve apreensão de três ingressos com suspeitas de serem falsos.
Novidade a favor da segurança
As nove principais vias de acesso à Arena Fonte Nova contam, desde o início da Copa América, com "Portais de Abordagem". As tradicionais revistas policiais na entrada do estádio contam agora com equipamentos munidos de câmeras que realizam reconhecimento facial dos torcedores a partir de uma base de dados do Governo.
Esses portais de abordagem fazem parte do efetivo de segurança preparado pela única capital do Nordeste a receber a Copa América, assim como escolta de seleções e interdição de vias. No total são 28 instituições federais, estaduais, municipais e particulares que atuam na Arena e no entorno.