Paixão pelo Corinthians fez japonês vir ao Brasil e virar repórter
Kimio Ido tinha uma vida tranquila no Japão até o ano de 2012. Foi quando, ao ver o Mundial de Clubes, se apaixonou pelo Corinthians. Decidiu, então, se mudar para o Brasil, o que acabou acontecendo dois anos mais tarde. E a vida no país lhe deu oportunidade de virar jornalista e cobrir a Copa América.
Formado em letras, Kimio era professor de espanhol no Japão. Tinha uma vida de apaixonado pelo futebol, mas sem qualquer ligação ao Brasil. Mas o Corinthians o conquistou.
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Depois de ver os jogos da maior conquista da história corintiana, decidiu mudar de vida e acompanhar o time mais de perto.
"Eu resolvi que iria me mudar para o Brasil. Precisei de mais dois anos para juntar dinheiro, aprender português, planejar a viagem. E foi o que eu fiz. Vim em 2014, teria a Copa do Mundo, deu tudo certo", contou ao UOL Esporte.
Kimio, antes de chegar ao Brasil, mudou de ramo. Virou tradutor e se empregou na Editora Jornalística União Nikkei, que trabalha traduzindo notícias do Brasil para o Japão e fazendo eventualmente o caminho contrário.
E com o tempo, a função também mudou. Hoje Kimio responde como repórter do jornal Nikkey Shimbun.
"Eu trabalhei nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. Agora acompanho meus chefes e trabalho na Copa América cobrindo a seleção. Não trabalho só com esporte, também nas eleições, com notícias gerais. Os japoneses se interessam muito pela cultura brasileira, e principalmente o futebol", disse.
Ainda que admita saudade do Japão, ele, que mora sozinho e desde 2014 não voltou a seu país, não pretende retornar em breve, nem para visitar. Por aqui, acompanha o Corinthians como torcedor, vai ao estádio, em 2014 visitou treinamentos, conheceu jogadores, e ainda nutre admiração por Paolo Guerrero.
"Agora ele está no Inter, com o Peru na Copa América, tomara que eu consiga encontrar ele de novo", comentou.
Agora mais perto, espera, também, melhor sorte ao Timão. "Sei que nosso rival está por cima agora, mas quem sabe não conquistamos algo mais", brincou.