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Ex-SP cobra Corinthians por homenagem a Wladimir: "Não adianta após morte"

Wladimir é o recordista de jogos com a camisa do Corinthians, com 805 partidas Imagem: JOÃO QUESADO/Divulgação

Diego Salgado e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

14/04/2019 04h00

Wladimir defendeu o Corinthians em 805 jogos e ocupa o posto de jogador com mais aparições com a camisa do clube alvinegro. Para Gabriel, ex-lateral-direito do São Paulo e filho do ídolo corintiano, a vasta história não foi traduzida em homenagens por parte da diretoria alvinegra.

"Nunca fizeram uma homenagem decente. Eu falei para os caras lá, vão fazer alguma coisa para ele depois que ele morrer? Depois não precisa. Não colocaram nada no CT. É uma piada, tem de ser em vida", disse Gabriel em entrevista ao UOL Esporte.

O centro de treinamento do Corinthians leva o nome de Joaquim Grava, que é consultor médico do clube. Os campos do local foram batizados com os nomes de Neto, Cláudio, Rivellino e Ronaldo Giovanelli. No Parque São Jorge, há seis bustos, de Rivellino, Cláudio, Baltazar, Luizinho, Sócrates e Neco.

Wladimir estreou pelo Corinthians em 1972 e jogou as 13 temporadas seguintes como titular. O ex-lateral-esquerdo conquistou quatro títulos paulistas, em 1977, 1979, 1982 e 1983. Depois de deixar o clube no fim de 1985, o ídolo voltou a vestir a camisa alvinegra em 1987.

Wladimir ao lado do filho Gabriel na Arena Corinthians Imagem: Arquivo pessoal/Gabriel

"Eu acho que tinha que entregar uma placa pra ele, um busto. Ele é o cara que mais jogou pelo Corinthians e não vai ter outro que vai jogar. Eu penso que hoje ele é o maior ídolo vivo no Corinthians. Se você falar a seleção do Corinthians de todos os tempos, ele entra em todas, ele entra na de todos os jornalistas", afirmou Gabriel.

O ex-lateral citou ainda uma conversa com Emerson Sheik sobre o assunto. Segundo ele, o atual coordenador de futebol do Corinthians concordou que é preciso fazer uma homenagem a Wladimir devido ao histórico de jogos pelo clube e o protagonismo.

A reportagem do UOL Esporte tentou contato telefônico com Sheik, mas não obteve retorno. A apuração da reportagem apontou também que a escolha de Gabriel pelo São Paulo no começo da carreira ainda não foi digerida pela diretoria corintiana, pois a estrutura são-paulina foi determinante para a decisão. E isso teria feito o Corinthians adiar os planos.

Wladimir tem 64 anos e, de acordo com Gabriel, e se mantém ativo. "O físico dele continua ótimo, ele treina todos os dias. Tinha dia que eu não conseguia acompanhar ele na corrida, ele joga futebol sempre que pode. Só é teimoso, não gosta de tomar remédio [risos]", contou o ex-são-paulino.

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