Sob briga política, Palmeiras decide quem comanda o Conselho por dois anos
Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo
11/03/2019 04h00
O Palmeiras decide hoje à noite quem ficará no cargo de presidente do Conselho Deliberativo pelos próximos dois anos. Esse é um dos cargos mais importantes no aspecto político do clube e só fica abaixo de Maurício Galiotte. O voto é restrito aos quase 300 conselheiros.
O favorito à reeleição é Seraphim del Grande. Alinhado com o atual presidente, ele tem sido importante nas articulações propostas pela atual gestão, como a mudança de tempo de mandato de dois para três anos e na aprovação, mesmo que com ressalvas de parte do clube, da transformação de R$ 120 milhões de aportes da Crefisa em empréstimo corrigido diariamente.
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O caso, inclusive, ilustra a briga política que vive o clube no momento. Insatisfeitos com a condução do caso, os opositores foram até a Polícia Civil para a instauração de um inquérito. E conseguiram: Galiotte e Del Grande foram convocados para depoimentos.
Os dois dizem ter feito tudo à luz do estatuto, com a aprovação do Conselho e afirmam que a movimentação policial tem motivação política.
Seraphim já ocupou cargos em diversos departamentos do clube, entre eles o futebol, e é um dos conselheiros mais antigos do clube, com trânsito nas diversas alas políticas. Atualmente, acompanha a delegação em quase todas as viagens e tem ótima entrada com Leila Pereira, conselheira e dona da Crefisa.
Do outro lado, está Silvio Mukay. No seu segundo mandato de conselheiro, ele conseguiu lançar a candidatura mesmo sem ter vindo do principal grupo da oposição, aquele comandado por Mustafá Contursi. Sua plataforma de campanha tem sido caracterizada por "dar voz aos conselheiros" e "não ser uma extensão da presidência".
O estatuto do Palmeiras ainda prevê a eleição de um vice-presidente do Conselho de maneira independente. Ou seja, os eleitos, não necessariamente, saem do mesmo grupo político.
Para o cargo de vice, estão concorrendo Roberto Silva e José Roberto Generoso, ambos com ligação à situação, e Rita de Cassia Miranda Consentino, que virou oposição recentemente após ter sido secretária geral de Del Grande.