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Palmeiras encara crise com centroavantes e pior ataque dos últimos 30 anos

Borja e Deyverson têm um péssimo início de ano no Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

27/02/2019 04h00

No estilo de jogo de Luiz Felipe Scolari, é fundamental que o camisa 9 funcione muito bem. Desviando cruzamentos, fazendo "casquinhas" para quem vem de trás ou colocando a bola para dentro do gol depois de um contra-ataque. Nada disso vem funcionando no Palmeiras de hoje. Não é à toa que o milionário elenco entra em campo na noite de hoje, diante do Ituano, com o pior desempenho de gols marcados nos últimos 30 anos.

Levantamento feito pelo UOL Esporte mostra que desde 1988 o torcedor não grita tão pouco gol nos oito primeiros jogos da temporada. Assim como em 2019, as redes dos adversários foram balançadas em só sete ocasiões naquela temporada. 

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Em 1988, o elenco ainda estava longe de ter o apoio da Parmalat e tinha nomes como Bizu, Gaúcho, Ditinho Souza, Rodinaldo e Tato. Hoje, o time tem nomes igualmente contestados, mas que foram contratados a peso de ouro. São R$ 60 milhões em três nomes que poderiam atuar como camisa 9. 

Cinco piores inícios de ano do Palmeiras

  1. 1988 e 2019 - Sete gols marcados
  2. 2008 - nove gols marcados
  3. 2001 - 10 gols marcados
  4. 1991 e 1992 - 11 gols marcados
  5. 1999, 2011 e 2016 - 12 gols marcados

Miguel Borja, por exemplo, chegou em 2017 por um investimento de quase R$ 35 milhões. Em 2018, ele conseguiu ser artilheiro do Paulista e da Libertadores, mas os prêmios individuais não convenceram a torcida. A gota d'água foi o gol perdido pelo colombiano no último clássico contra o Santos. 

Deyverson, por sua vez, foi contratado por aproximadamente R$ 20 milhões e demorou a ter o respeito do torcedor. O gol do título do Brasileiro no ano passado deu um alívio ao atacante, mas a cusparada em Richard, do Corinthians, seguida de suspensão de seis jogos e as piadas com sua transferência para a China irritaram até o presidente Maurício Galiotte.

Por fim, outro nome que poderia atuar como camisa 9 é Arthur Cabral. Contratado por R$ 5,5 milhões, ele chegou com problemas físicos e nem foi inscrito no Campeonato Paulista. 

Uma alternativa para o jogo de hoje contra o Ituano, a partir das 21h30, seria a escalação de Ricardo Goulart como camisa 9. O próprio jogador, no entanto, já deixou claro que prefere atuar como meio-campista. 

Nas pontas, a equipe também atravessa um momento difícil. Com Willian machucado, o único atleta regular para os lados é Dudu. Felipe Pires, emprestado do Hoffenheim, e Carlos Eduardo, contratado por quase R$ 25 milhões, são incógnitas. 

Além disso, Felipão ainda tem problemas na armação de sua equipe. Gustavo Scarpa, que comandou o time na melhor apresentação do ano até aqui, na vitória por 2 a 0 contra o Bragantino, está lesionado. Moisés também dificilmente será relacionado. Lucas Lima, que ainda não encantou, fica como opção. Zé Rafael e Raphael Veiga também sonham com uma oportunidade. 

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X ITUANO

Data: 27 de fevereiro de 2019, quarta-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Local: Allianz Parque, em São Paulo
Árbitro: Lucas Canetto Bellote
Assistentes: Daniel Luis Marques e Fabricio Porfirio de Moura

PALMEIRAS: Fernando Prass; Marcos Rocha, Edu Dracena, Antônio Carlos e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Zé Rafael, Dudu e Borja
Técnico: Luiz Felipe Scolari

ITUANO: Pegorari; Jonas, Léo Santos, Ricardo Silva e Salomão; Corrêa, Baralhas e Marcos Serrato; Martinelli, Morato e Gui Mendes 
Técnico: Vinicius Bergantin 

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferente do informado anteriormente nesta notícia, o jogo Palmeiras x Ituano será realizado nesta quarta-feira, e não terça-feira. O erro foi corrigido.

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