Atrasos e grana curta são desafios para Fluminense montar elenco de 2019
Leo Burlá
Do UOL, no Rio de Janeiro
04/12/2018 04h00
O Fluminense vive momentos de alívio após a manutenção da Série A do Campeonato Brasileiro, mas sabe que o desafio de montar o elenco para o ano que vem vai exigir trabalho duro.
A cúpula de futebol sabe que o clube não deve ter recursos para grandes voos, ainda que espere que o elenco não conviva tanto com atrasos salariais. Ante o sufoco de 2018, a direção terá de driblar a insatisfação de quem está e a desconfiança de quem pode vir na hora de negociar.
Jogadores importantíssimos do atual grupo, Júlio César e Gum, por exemplo, terminaram o ano esgotados mentalmente. Ambos têm contrato até o dia 31 de dezembro, mas as conversas esbarram na posição do Flu em não oferecer contratos mais longos.
"Já fizemos propostas a todos os jogadores que têm contrato por vencer. As coisas vão se desenrolar a partir de agora", disse o presidente Pedro Abad.
Quem já está de malas prontas para deixar o clube é o atacante Marcos Júnior. Ele, que defendeu a renúncia de Abad, está a caminho do futebol do Japão.
O Tricolor tenta definir o quanto antes as permanências de Rodolfo, Gilberto e Airton. Por outro lado, Marlon, Kayke, Junior Dutra e De Amores dificilmente emplacarão nas Laranjeiras.
Entre chegadas e partidas, o Flu já dá como certas as idas de Léo para o São Paulo e de Richard para o Corinthians. O clube aguarda a grana referente às vendas de Richarlison e João Pedro para saber qual será o poder de fogo para investir.
"Cometemos erros, mas também acertamos. Agora,- cuidaremos para aumentar os acertos", afirmou Abad.
Os responsáveis pelo futebol tricolor ainda conversam sobre nomes para substituir Marcelo Oliveira. O futuro comandante terá voz importante na hora de definir dispensas e contratações.