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Kajuru quer se reunir com Leila para criar comissão do Esporte no Senado

Jorge Kajuru foi eleito senador por Goiás nas eleições de 2018 Imagem: Alberto Maia/Divulgação

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

10/10/2018 04h00

Jorge Kajuru foi eleito senador por Goiás com 1.557.415 votos. O jornalista que construiu boa parte da sua carreira no esporte pretende dar atenção especial à área e já planeja se reunir com lideranças ligadas ao tema, como a ex-jogadora de vôlei Leila, também eleita ao Senado, pelo Distrito Federal. A ideia é criar uma comissão parlamentar para discutir formas de fomentar a prática e leis de incentivo.

“É uma grande preocupação. Eu já vou marcar uma reunião com a Leila do Vôlei, tenho muito respeito por ela. Quero montar um time de pessoas que saibam discutir o esporte. Vou conversar com o Zico, que é meu amigo e já foi Ministro do Esporte. A ideia é montar uma frente esportiva em Brasília de voluntários e parlamentares eleitos pelo esporte para se dedicar a essa prioridade. Seria uma comissão parlamentar formada por voluntários. Aquilo que o Lula prometeu e não cumpriu, eu vou fazer. É uma questão de honra minha”, conta.

Kajuru também promete fazer algo em benefício dos clubes de futebol. “A ideia é apresentar projetos para que clubes de futebol tenham direitos legais, não a corrupção de Lotomania, não o privilégio de não pagar imposto. Que os times de futebol tenham benefícios legais”.

O senador eleito lamenta ainda a forma como o esporte foi sendo deixado de lado no país, o que ficou evidente com o fim dos grandes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Poucos candidatos à presidência da República apresentaram pautas ligadas à prática em seus planos de governo. Até a extinção do Ministério do Esporte é cogitada.

Kajuru não tem apenas o esporte como bandeira. Uma de suas prioridades é a defesa do parlamentarismo, que ele vê como única solução para mudar o que chama de ‘sistema falido’ do Brasil atual. Outro mote de campanha é apresentar um projeto para taxar as grandes fortunas do país.

“Vou criar o Imposto das Fortunas. Nunca ninguém mexeu na ferida. Tem que fazer com que bilionário pague imposto. Só pobre que paga imposto nesse Brasil. O milionário vai ter que pagar imposto. E vamos destinar o dinheiro do imposto das fortunas para educação. Vamos qualificar melhor nossos educadores, investir nas escolas públicas e universidades”.

Outra bandeira largamente defendida por Kajuru é a diminuição de benefícios dos parlamentares, em especial dos senadores. Kajuru diz que vai abrir mão de 50% do salário (que será de R$ 38 mil) e de todos os benefícios. Pretende usar a verba de gabinete para destinar a instituições que realmente precisem. E vai apresentar um projeto para que todos os senadores aceitem abrir mão de 50% do que custam aos cofres públicos.

“Cada senador custa R$ 3 milhões por ano, com direito a tudo. São R$ 10 mil reais só para gastar com correio. Nós vivemos no mundo da internet, vivemos no mundo digital. Vai gastar dinheiro com carta assim aonde? Será que tem amante? O que é isso? Eu vou pegar esses R$ 10 mil reais, porque não vou devolver para o erário, não vou devolver para a vala de corrupção. Vou pegar o dinheiro e investir em escola, ajudar escola pública, centro diabético, instituições sérias de crianças até idoso”.

“Não vou aceitar verba de gabinete de R$ 60 mil por mês. Que vou fazer com R$ 60 mil de verba de gabinete? Você acha que vou morar em mansão de senador? Claro que não. Vou morar por conta própria num flat. A minha vida é simples. Cada senador tem seis empregados, tem cabimento um negócio desse? Eu fui perguntar para a filha do Silvio Santos. O Silvio Santos tem quatro empregados, por que senador tem seis?”.

Kajuru ainda comemora o fato de vencer o seu adversário político e inimigo mortal, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo. O político acabou a eleição na quinta colocação na disputa pelo Senado. “Eu voltei para Goiás 15 anos depois justamente para derrotá-lo. Ele me tirou da televisão, me demitiu da TV. Agora vou para o campo dele, disputar de forma decente, vou tirar ele da política como ele me tirou da TV. Tirei da política depois de 23 anos mandando na política em Goiás”.

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