Inter utiliza contrato para se proteger contra eventual punição de Guerrero
Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre
09/08/2018 04h00
Em reunião nesta quarta-feira (08), no Rio de Janeiro, o Internacional fechou a contratação de Paolo Guerrero, de 34 anos. E em contrato, o clube tenta se proteger de uma eventual punição a ele por conta do caso de doping.
Guerrero foi julgado e punido pela Fifa com um ano de afastamento por conta de um teste positivo de doping para substância benzoilecgonina, principal metabólico da cocaína e da folha de coca, após a partida entre Peru e Argentina em Buenos Aires, em outubro de 2017, válida pelas Eliminatórias para Copa do Mundo.
Em seguida, entrou com recurso através do Comitê de Apelações da entidade e reduziu a pena, em um primeiro momento, para seis meses. Em maio, porém, o caso foi à Corte Arbitral do Esporte (CAS), que aplicou 14 meses de suspensão. Guerrero foi buscar seus direitos além do âmbito esportivo e conseguiu efeito suspensivo no Tribunal Federal Suíço no fim do mesmo mês.
Com a liberação provisória, atuou pelo Peru na Copa do Mundo e desde o regresso do Mundial jogou mais quatro partidas pelo Flamengo. Agora, o clube gaúcho se protege de uma punição em novo julgamento, já que o efeito suspensivo funciona até que exista nova ação no Tribunal. Ainda não há previsão de data para isso.
Segundo apurou o UOL Esporte, o Inter utilizou cláusulas contratuais que não suspendem o vínculo - como fez o Flamengo - mas retiram gatilhos salariais do jogador caso ele precise ficar afastado por algum tempo. Desta forma, Guerrero passaria a custar menos aos cofres vermelhos caso seja impedido de jogar.
No entanto, a preocupação com uma avaliação nova do caso no CAS é pequena. O jurídico evita detalhar os termos, mas o clube diz estar bem protegido para tal infortúnio.