Com ação ganha, Corinthians tenta receber R$ 2,5 mi de ex-patrocinador
Bruno Thadeu
Do UOL, em São Paulo
01/06/2018 04h00
O Corinthians já ganhou a ação na Justiça, mas não consegue receber pouco mais de R$ 2,5 milhões de seu ex-patrocinador.
Em 2012, a empresa Apito Promocional descumpriu acordo com o clube, pagando apenas R$ 500 mil de R$ 1,6 milhão previstos em contrato. Com juros acrescidos, a dívida atual supera R$ 2,5 milhões.
A Justiça condenou a Apito Promocional em 2015. Não cabe mais recurso. No entanto, a execução da cobrança não foi feita.
Na esperança de ser indenizado, o Corinthians entrou com pedido de desarquivamento do processo, solicitando que a Justiça exija a cobrança diretamente à pessoa física (no caso, Marcos Cesnik, dono da Apito Promocional), e não da pessoa jurídica.
Na ação, o jurídico do Corinthians diz que Cesnik ocultou bens e criou obstáculos para a identificação de valores em contas bancárias.
"É uma questão de difícil solução, porque o devedor não é encontrado. É informado que ele não tem nenhum patrimônio em seu nome. Nenhum bem que possa ser penhorado. É uma luta processual de gato e rato", comentou o advogado do Corinthians, Diógenes Mello Pimentel.
Nos tribunais, a defesa de Cesnik, alegou que a empresa quebrou e que não havia recursos para quitar os valores pendentes.
As contas bancárias de Cesnik já haviam sido rastreadas anteriormente pela Justiça, mas estavam zeradas, impossibilitando a quitação do débito.
O UOL Esporte entrou em contato na quarta-feira com o escritório de advocacia que representa Marcos Cesnik. A reportagem aguarda posicionamento oficial do advogado contratado.
Títulos de capitalização para Mundial de 2012
Em 2012, a Apito Promocional assinou contrato com o Corinthians para estampar seu logotipo na camisa do clube por sete partidas disputadas daquele ano, pouco depois do título da Libertadores. Mas a empresa não conseguiu arcar com o combinado, e o caso foi à Justiça.
A Apito Promocional buscou o Corinthians em 2012 para divulgar sua atividade. A empresa comercializava títulos de capitalização com foco direcionado ao Mundial de Clubes, oferecendo 120 viagens com ingressos para o Japão, além de 12 motos e 12 carros.
A exibição da marca da empresa estava prevista para sete jogos. Sem o pagamento da Apito Promocional durante a vigência do contrato, o então presidente do Corinthians na época, Mário Gobbi, determinou que o logotipo fosse retirado do uniforme antes do sexto jogo estabelecido.