Dirigente que entrou armado em campo se desculpa: 'quis proteger a torcida'
Do UOL, em São Paulo
13/03/2018 11h38
O presidente do PAOK, Ivan Savvides, pediu desculpas após entrar armado no campo do estádio Toumbas, em Thessaloniki, pelo Campeonato Grego. Em comunicado oficial, o dirigente alegou que invadiu o gramado com arma para proteger os torcedores do time.
Pouco após entrar armado, o presidente do PAOK foi contido ao ameaçar sacar o revólver enquanto se dirigia em direção ao trio de arbitragem.
“Meu único objetivo era proteger dezenas de milhares de torcedores do PAOK das provocações, evitando violência e baixas humanas. Acreditem, não tive a intenção de interferir na decisão da equipe adversária e da arbitragem”, destacou Savvides.
“Peço desculpas aos torcedores, aos gregos e à comunidade do futebol. Sinto muito pelo o que ocorreu”
Terceiro colocado no Grego, o PAOK se sentiu prejudicado por um lance ocorrido no fim do jogo contra o AEK, líder da competição. O duelo estava empatado sem gols até que Fernando Varela anotou de cabeça o gol da vitória. O árbitro Georgios Kominis, após primeiramente validar o gol, voltou atrás e decidiu pela anulação do lance por impedimento. O gol que poderia dar a vitória ao PAOK daria a liderança do campeonato ao time.
A decisão revoltou Ivan Savvides, que entrou no gramado e ameaçou sacar uma arma ao se aproximar da arbitragem. Seguranças impediram qualquer ação mais hostil do dirigente, que teve prisão decretada nesta segunda-feira.
Na segunda-feira, o Ministério da Cultura e dos Esportes anunciou a suspensão do campeonato local em virtude do comportamento do dirigente.
Não foi o primeiro caso de violência recente no país europeu; o PAOK, inclusive, já perdeu três pontos neste Campeonato Grego depois de torcedores do clube atingirem Óscar Garcia, técnico do Olympiacos, com um rolo de papel higiênico.