Scarpa agradece a Leila, mas Crefisa não ajudou Palmeiras em contratação
José Edgar de Matos e Leandro Miranda
Do UOL, em São Paulo
20/01/2018 04h00
O meia Gustavo Scarpa começou sua entrevista coletiva de apresentação no Palmeiras, na última sexta (19), agradecendo a "todos os envolvidos na negociação: Maurício (Galiotte, presidente), Alexandre Mattos (diretor de futebol), Leila e o pessoal todo da Crefisa". Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, donos da Crefisa e da Faculdade das Américas, estiveram, inclusive, presentes à Academia de Futebol para o evento. Mas a patrocinadora palmeirense não teve participação direta na contratação.
Segundo apurou o UOL Esporte, não houve aporte financeiro da Crefisa até o momento no negócio por Scarpa, que envolve o pagamento de luvas ao jogador e de comissão aos seus representantes. O investimento pelo atleta, que conseguiu liberação judicial para deixar o Fluminense, foi na casa dos 6 milhões de euros (R$ 23,4 milhões).
No jogo contra o Santo André, na última quinta (18), Scarpa esteve no camarote da patrocinadora no Allianz Parque. Questionados, tanto Palmeiras quanto Leila Pereira afirmaram apenas que "Crefisa e FAM apoiam sempre os projetos do clube".
De acordo com pessoas ligadas ao jogador, o agradecimento de Scarpa a Leila pode ter sido para reconhecer o esforço feito pela patrocinadora e conselheira em tentativas anteriores de contratá-lo. No final de 2016, por exemplo, a Crefisa se dispôs a "turbinar" uma proposta palmeirense para tirar o jogador do Fluminense. O negócio não evoluiu e o dinheiro foi gasto em outros reforços, como Borja (R$ 35 milhões) e Guerra (R$ 10 milhões).
Scarpa também afirmou que o interesse do Palmeiras em seu futebol era antigo e vinha desde 2015. O time alviverde esteve perto de contratá-lo em dezembro em uma operação envolvendo troca de jogadores com o Fluminense, mas o acordo teve problemas para ser fechado. Só quando o atleta conseguiu sua rescisão na Justiça é que o clube paulista fez nova investida por ele.
Por enquanto, a Crefisa não ajudou o Palmeiras em nenhuma contratação para 2018. O clube alviverde está financeiramente saudável - registrou R$ 56 milhões de superávit no ano passado, em balanço que levava em conta até o mês de novembro - e bancou por conta própria as chegadas de Lucas Lima, Diogo Barbosa, Marcos Rocha, Weverton e Emerson Santos.