Goleiro de 31 anos do Santos B ganha renovação até 2019 e gera polêmica
Samir Carvalho
Do UOL, em Santos (SP)
03/11/2017 04h00
O Santos renovou nos últimos dias o contrato do goleiro Preto, do time B, até o fim de 2019. A renovação do atleta de 31 anos gera polêmica entre os grupos oposicionistas, conselheiros e até profissionais do clube paulista. Muitos não entendem o motivo da valorização pois acreditam que o alvinegro praiano deveria apostar em seus jovens goleiros. Vale ressaltar que Preto nunca foi cogitado para “subir” ao profissional.
A contratação de Preto gerou polêmica desde o início. Isso porque o goleiro foi contratado em 2015, quando tinha quase 30 anos e o time B ainda era chamado de sub-23. Há quem diga que a polêmica envolvendo Preto foi um dos motivos que fez o Santos passar a chamar o sub-23 de time B.
No Campeonato Brasileiro sub-23, disputado pelo Santos atualmente, o goleiro titular é Gabriel Gasparotto, atleta revelado nas categorias de base do clube.
Em contato com o UOL Esporte, o Santos explicou a renovação de contrato com o goleiro por mais duas temporadas. “O goleiro Preto foi titular do Santos B em 16 jogos da Copa Paulista 2017, competição na qual tomou apenas 15 gols. Portanto, demonstrou ótimo desempenho e foi um atleta importante para a equipe B nesta temporada”, justificou o clube.
“Todos os jogadores do Santos B têm possibilidade de serem integrados ao time profissional, conforme necessidade e avaliação da comissão técnica do time principal do Santos FC”, completou.
Há quem diga nos bastidores do clube que Preto é prestigiado por conta de interesse de empresários. O Santos nega a ligação de Preto com qualquer tipo de agente. “Ele não é representado por empresário algum e o clube tratou da renovação diretamente com o atleta”, informa o time.
O caso Preto virou assunto no Conselho Deliberativo do Santos. O presidente Modesto Roma precisou explicar que não houve nenhum interesse pessoal na contratação do atleta. Isso porque o goleiro atuou no Vitória de Tabocas, de Pernambuco, clube em que o mandatário santista foi dirigente do futebol feminino.
Celismar dos Santos Marins, o Preto, defendeu nove clubes de pouca expressão em sua carreira antes de chegar ao alvinegro praiano. O atleta foi revelado pelo Catuense, da Bahia, e em seguida, jogou no União-MS, Fast Clube-AM, Morrinhos-GO, Mineiros-GO, Vitória das Tabocas-PE, Alecrim-RN e Bonsucesso-RJ.