Entenda como irá funcionar o árbitro de vídeo no Brasileirão
Caio Sini
Colaboração para o UOL, em São Paulo
19/09/2017 04h00
Com a chegada do árbitro de vídeo antecipada para a próxima rodada do Campeonato Brasileiro, jogadores, técnicos e árbitros terão de aprender a lidar com o novo recurso, que já é usado em outros campeonatos mundo afora, como o Italiano e o Alemão.
Envolto em polêmicas, o VAR (Video Assistant Referee) consiste num sistema de câmeras distribuídas pelo estádio que transmite imagens para uma sala isolada onde três assistentes e um operador de vídeo, assistem aos lances do jogo.
Quando se pode usar o VAR?
Segundo a Fifa, o árbitro de vídeo deve ser usado em quatro situações: Gols, pênaltis, cartões vermelhos e erro na identificação dos jogadores na aplicação de cartões.
Quem pode solicitar a ajuda do VAR?
Diferentemente do tênis ou do vôlei, somente o juiz pode pedir a revisão de uma jogada. Ela deve ser feita caso o árbitro tenha dúvida da legalidade do lance ou caso os assistentes o comuniquem.
Quem opera o VAR?
Quatro profissionais trabalham em uma sala de controle dentro do estádio, mas sem visão direta para o gramado. Neste recinto trabalham o árbitro VAR, o auxiliar VAR, um auxiliar somente para prestar atenção em impedimentos e um operador de vídeo. O líder desta equipe tem um canal de comunicação com o juiz de campo
Como funciona?
De acordo com a Fifa, o procedimento deve ser feito em três passos para ser executado da maneira mais rápida possível. Ao identificar um lance duvidoso, o árbitro para o jogo e sinalize com as mãos um gesto como uma tela de televisão, indicando que a decisão será levada ao árbitro de vídeo.
Na sala onde estão os três assistentes VAR, o lance é revisto por diferentes ângulos.
Após a revisão o assistente VAR principal, por meio do aparelho de comunicação da equipe de arbitragem, comunica ao árbitro a decisão a ser tomada, que pode ser aceita ou não pelo juiz. Caso o árbitro do jogo ainda esteja em dúvida, ele mesmo pode rever o lance.