Fora do Atlético-PR, Luis Henrique terá futuro definido pelo Botafogo
Bernardo Gentile e Napoleão de Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
24/06/2017 17h22
Luis Henrique não é mais jogador do Atlético-PR. Após seis meses turbulentos, o atacante estava infeliz e chegou a um acordo para a rescisão do contrato. Revelado no Botafogo, o jogador, curiosamente, terá seu destino definido pelos cariocas.
Ao negociar Luis Henrique com o Atlético-PR, o Botafogo manteve 35% dos direitos econômicos do atleta. Por esse motivo, o Alvinegro tem um prazo para definir se quer ficar com o jogador. Caso se decida por isso, o clube carioca, que promete dar a resposta até terça, arcará com o salário do atleta, superior aos R$ 50 mil, em contrato de um ano (até julho de 2018).
O Botafogo ainda não se decidiu. O que se sabe é que dificilmente ele será aproveitado pelo time. Ele sequer poderia jogar a Libertadores, por exemplo, já que participou pelo Atlético-PR. A dúvida é se aceita o retorno do atleta para negociá-lo com um terceiro time, fazendo um investimento de baixo custo – pagaria apenas o salário.
“Estamos analisando a situação como um todo e não apenas como possibilidade de reforço. O fato de não poder jogar a Libertadores não interfere em nada. Estamos analisando de maneira mais geral. Vamos dar a resposta entre segunda e terça-feira”, disse o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, ao UOL Esporte.
Luis Henrique não deixou muita saudade no Botafogo. Após surgir como um fenômeno com apenas 16 anos, o atacante não correspondeu e ficou deslumbrado com as facilidades do futebol.
O mesmo ocorreu no Atlético-PR, onde ficou apenas seis meses. Em Curitiba, não marcou um gol sequer. Pior que isso, perdeu uma penalidade onde quis bater de ‘cavadinha’. A situação com a torcida ficou tão ruim que chegou a pedir desculpas na semana seguinte. Ele não atua desde 23 de abril, em partida da semifinal do Paranense.
Caso o Botafogo abra mão e não queria ficar com Luis Henrique, o jogador ficará livre para decidir o futuro da carreira, agenciada pela mãe. O estafe do atleta nunca escondeu o desejo de jogar na Europa, um possível destino.