Cicinho diz que fazia tatuagens sob efeito do álcool: "Me acho horroroso"

O lateral direito Cicinho, atualmente sem clube, afirmou em entrevista ao programa "Aqui com Benja", da Fox Sports, que se arrepende de ter feito mais de 30 tatuagens quando tinha problemas com o alcoolismo. A conversa completa vai ao ar neste sábado (1).

"Eu me sinto incomodado com tatuagens, eram feitas sob o teor alcoólico. Eu bebia porque odeio dor, para poder tatuar. Eu me escondia nisso, achava que a tatuagem ia me trazer paz. Que nada. Imagina com 60 anos, comendo biscoito, cheio de tatuagem", disse o jogador, que está com 36 anos.

"Sou arrependido demais e aconselho a não fazerem. Isso derrama sangue, não cura ninguém da depressão. Corre risco de dar mais depressão. Me acho horroroso", completou.

Cicinho foi vendido pelo São Paulo ao Real Madrid em 2006 e seguiu para a Roma em 2007. Na Europa, defendeu também o Villarreal e o turco Sivasspor.

"Eu era alcoólatra porque não conseguia beber um copo de cerveja. Ou bebia até cair ou não bebia. Quando cheguei ao Real, as coisas saíram do controle. Aqui bebia muito, mas não era da noite. Jornalista me via bebendo, mas como a fase era boa, maquiava a situação", disse.

O lateral, que se desligou do Sivasspor no final de 2016, procura um novo clube para jogar. Ele disse que sua intenção é atuar profissionalmente por mais um ou dois anos, e vê no São Paulo, clube onde fez mais sucesso na carreira, o time ideal para retornar.

"Eu me considero são-paulino nato, até de graça eu voltaria. Conquistei o que podia no futebol, estou na fase de agradecimento. Não sei qual seria a sensação de vestir novamente [a camisa do São Paulo], mas é um desejo do meu coração", afirmou.