Como Grêmio vai encaixar maior legião de estrangeiros do país no time
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
17/03/2017 04h00
O Grêmio é, ao lado do Flamengo, o clube brasileiro com maior número de jogadores estrangeiros em 2017. Com sete atletas nascidos fora do país à disposição, o Tricolor não tem dor de cabeça quando joga pela Copa Libertadores. Mas precisará encaixar as peças quando entra em campo nas competições organizadas pela CBF.
O regulamento de competições nacional autoriza o uso de até cinco estrangeiros.
Walter Kannemann, Maxi Rodríguez, Miller Bolaños, Beto da Silva, Gastón Fernández, Lucas Barrios e Ty Sandows são os estrangeiros que atualmente estão no grupo principal do Grêmio.
Dos sete estrangeiros, dois são titulares atualmente: Kannemann e Miller Bolaños. O zagueiro é incontestável e o meia-atacante vive grande fase e ganhou espaço com a lesão de Douglas.
Por outro lado, Beto da Silva e Ty possuem um atenuante. Ambos contam com cidadania brasileira e assim não aparecem na relação de estrangeiros junto à CBF.
A lista, contudo, deve aumentar nos próximos meses, por conta da negociação avançada com Damián Musto, 29 anos, e que está no Rosario Central-ARG. O Grêmio já tem acertou com o volante e negocia com o time argentino a liberação.
O encaixe no Gauchão e futuramente no Brasileirão será em cima de suspensões, convocações ou eventuais lesões. Miller Bolaños é figura constante na seleção equatoriana e abre espaço. Beto da Silva também tem histórico pelo Peru.
Gastón Fernández, 32 anos, foi contratado justamente por conta da baixa de Bolaños em reflexo da seleção. O argentino, que estava na Universidad de Chile, ainda não estreou e deve ganhar oportunidade nos próximos jogos.
Da relação de gringos, o único que pode sair em um futuro próximo é Maxi Rodríguez. O uruguaio tem contrato até dezembro e depende do desempenho no ano para renovar. Ele também surge como opção de compensação ao Rosario Central na negociação por Musto.
Dos estrangeiros contratados neste ano, Lucas Barrios é aquele que reúne o maior cartaz. Depois de rescindir com o Palmeiras, ele chegou com a missão de encorpar um setor que tem dinâmica diferente há tempos. A titularidade ainda não chegou, mas é vista internamente como iminente.
Por que tantos estrangeiros
Ainda em 2016, o Grêmio definiu uma estratégia na busca por reforços e dividiu o garimpo em dois mercados. No Brasil, prospectaria jogadores de defesa. Na América do Sul, atletas ofensivos. O argumento para essa posição se justifica no aspecto financeiro.
A moeda brasileira e a valorização dentro do país tornam qualquer alvo mais caro. Fora das fronteiras verde e amarelas, o Grêmio encontrou Beto da Silva e Gastón Fernández. Além de Musto. No ano passado, também buscou outro reforço gringo: Miller Bolaños.