Goiás desistiu de 'justa causa' para não prejudicar futuro de Walter
Marcello De Vico
Do UOL, em Santos (SP)
07/03/2017 18h59
A ideia inicial do Goiás após o episódio em que Walter desferiu uma cotovelada no companheiro era buscar uma demissão por justa causa do jogador. A diretoria esmeraldina e o departamento jurídico já trabalhavam com esta hipótese, mas não foi o que aconteceu. O clube esmeraldino evitou mais polêmicas e resolver acatar o pedido de rescisão do jogador.
Em entrevista ao UOL Esporte, o presidente Sérgio Rassi disse que o Goiás optou por esta decisão para preservar o futuro de Walter e por conta dos bons serviços prestados pelo atacante, que se tornou ídolo esmeraldino após passagem entre 2012 e 2013.
“Foi amigável. Achamos melhor fazer isso. Estávamos preparados para uma justa causa, mas tendo em vista os bons serviços prestados pelo atleta e para que a gente não o prejudique no seguimento de uma possível carreira – que vai depender muito da sua boa vontade – a gente achou por bem, já que foi iniciativa do atleta o pedido de rescisão, acatar”, disse o dirigente.
A rescisão de contrato, aliás, deve acontecer ainda nesta terça-feira (7). Já com a autorização do Porto-POR, dono da maior parte dos direitos econômicos de Walter, clube e atleta irão oficializar o fim da segunda passagem do atacante pelo clube.
“Estou indo para o clube agora para assinar a rescisão dele. Espero que esteja tudo nos conformes”, completou Sérgio Rassi no fim da tarde desta terça-feira (7).
Walter tinha contrato com o Goiás, por empréstimo, até o fim de 2017. O vínculo dele com o Porto-POR vai até o final de 2019.
'Acidente de trabalho'
Na manhã desta terça-feira (7), Walter postou uma mensagem nas redes sociais anunciando a sua saída do Goiás e lamentando o que classificou como ‘acidente de trabalho’. No treino da sexta-feira retrasada (24), o atacante deu uma cotovelada no goleiro Matheus, que desmaiou e precisou até ser internado. Ele voltou aos treinos apenas na última segunda (6) após uma semana de recuperação.