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Rival do Atlético-PR se remonta em meio a turbulência política

Time do Millonarios durante a disputa da Florida Cup Imagem: AFP PHOTO/Gregg Newton

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, em Curitiba

01/02/2017 11h50

Assim como o Atlético Paranaense, seu adversário nessa quarta-feira, 21h45 na Arena da Baixada em Curitiba, o colombiano Millonarios não disputa a Libertadores desde 2013. Ambos retornam nessa edição e apenas um deles terá mais que dois jogos para contar sua história continental nesse ano. Para o Millo – apelido da equipe da capital Bogotá – a volta à Libertadores inclui um panorama político conturbado e uma remodelação total do elenco.

“Não veremos a melhor versão dos Millonarios nesta quarta”, contou William Rodríguez, jornalista que acompanha o clube pelo Jornal Ás Colômbia. Rodríguez destacou a saída do técnico Diego Cocca, que se demitiu após o fracasso no Campeonato Colombiano, quando o clube perdeu nas quartas de final para o Atlético Nacional, e a chegada de Miguel Russo, campeão da Libertadores pelo Boca Jrs. em 2007, sobre o Grêmio. “Não tem muitos jogadores que permitam pensar em chegar a fases decisivas, incluindo a fase de grupos”, analisou.

O Millonarios trouxe 10 novos jogadores e fez uma pré-temporada na Flórida, quando perdeu para o River Plate argentino (0 a 1) e venceu o Barcelona de Guayaquill (1 a 0). “A equipe deixou uma boa impressão, mas é evidente que falta ainda mais trabalho. Russo não encontrou ainda o time por conta das poucas jornadas de treinamento”. Rodríguez ainda acha que o time de Russo deverá tentar um empate ou mesmo uma derrota por apenas um gol para aí sim decidir em casa: “Com o apoio da hinchada e a altitude de Bogotá.”

A altitude de 2.640 metros da capital colombiana é um desafio para o Atlético, que viveu essa experiência nas Libertadores de 2013 e 2002, quando jogou em La Paz (3.640 metros) e sucumbiu para o The Strongest (1 a 2) e cedeu um impressionante empate em 5 a 5 para o Bolívar, depois de estar vencendo por 5 a 1. Nas duas ocasiões acabou eliminado com os resultados. Mas a fanática torcida do Millo pode até ser uma aliada ao Furacão, conforme o jogo de Curitiba.

No final do ano passado, vários torcedores da equipe colombiana foram até a frente da sede do clube pedir a renuncia do presidente Enrique Camacho. A gota d’água foi a eliminação para o Atlético Nacional após ter vencido o jogo de ida (2 a 1) e levar 3 a 0 na volta. A pressão por um título é enorme. O clube não vence o Colombiano desde 2012 e tem como maior conquista internacional a Copa Merconorte de 2001. Em paralelo, viu o Atlético Nacional lhe ultrapassar como maior campeão nacional (15 a 14) e assistiu o rival Santa Fé levantar a Copa Sul-Americana de 2015. 
 

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