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Como Carille repete estratégia de Tite no início de trabalho no Corinthians

Carille orienta o grupo de jogadores corintianos antes de treino Imagem: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

27/01/2017 04h00

Fábio Carille esteve ao lado de Tite nas duas últimas passagens do treinador da seleção brasileira pelo Corinthians. O período transformou o técnico em uma espécie de mentor para o ex-auxiliar e agora comandante do time alvinegro.

Os traços de Tite foram observados já nos primeiros dois testes do Corinthians na temporada, na Florida Cup, contra Vasco e São Paulo. Nos duelos disputados nos Estados Unidos, Carille repetiu a estratégia da equipe campeã brasileira em 2015.

No esquema 4-1-4-1, o Corinthians 2017 buscou resgatar a identidade perdida desde a saída de Tite, em junho do ano passado, mesmo após o desmanche do time campeão brasileiro nos primeiros meses de 2016.

Carille: discípulo de Tite Imagem: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

"Eu nunca escondi isso. É uma linha de trabalho que eu acredito e que deu certo. Vou dar continuidade a isso", disse Carille após a vitória por 4 a 1 sobre o Vasco, quando o treinador testou dois times distintos.

Após as saídas de Malcom, Renato Augusto e Jadson, Tite reconstruiu o Corinthians sob a mesma forma. Nas vagas do trio, ele escalou Lucca, Rodriguinho (ou Guilherme) e Giovanni Augusto, respectivamente. Com Cristóvão Borges e Oswaldo, o time alvinegro deixou de lado essas características ao atuar no esquema 4-2-3-1.

Veja como o Corinthians 2017 busca a identidade de 2015/2016

Compactação

No primeiro jogo da temporada, o Corinthians de Carille conseguiu, em certos momentos da partida, aproximar as duas linhas de quatro jogadores, com um volante à frente da zaga (Gabriel atuou nessa posição). No meio-campo, o treinador escalou Romero à direita, Camacho e Rodriguinho por dentro e Marlone no lado esquerdo.

Corinthians, sem a bola, aproxima as duas linhas com quatro a fim de encurtar espaço Imagem: Reprodução

No Campeonato Brasileiro 2015, durante a vitória por 3 a 0 sobre o Vasco, um Corinthians mais organizado atuou com extrema compactação. Bruno Henrique (no lugar de Ralf) era o único volante. Depois, a formação clássica de Tite, com Jadson pela direita, Elias e Renato Augusto pelo centro e Malcom à esquerda.

Corinthians 2015: duas linhas compactas e um volante entre elas Imagem: Reprodução

Força na chegada ao ataque

Outro ponto observado no primeiro jogo do Corinthians na Florida Cup está ligado ao modo como o time de Carille saiu do campo de defesa para o ataque. Em alguns momentos, os quatro jogadores da segunda linha avançaram juntos, pressionando o Vasco.

Marquinhos Gabriel, Guilherme, Cristian e Giovanni Augusto compuseram o meio-campo ofensivo na etapa final do duelo. Em alguns lances, o quarteto juntou-se a Kazim no ataque, com rápida saída em conjunto.

Marquinhos Gabriel puxa contra-ataque: time sai em bloco para o campo do Vasco Imagem: Reproduēćo

O Corinthians, no 4-1-4-1 de Tite, atacou o Vasco no jogo do título brasileiro com os quatro jogadores da segunda linha, além de Vagner Love, que ainda tinha Malcom ao seu lado na área. Na Libertadores 2016, diante do Independiente Santa Fe, o técnico da seleção manteve a estratégia, com chegada em bloco na área adversária.

Corinthians de Tite ataca com Malcom, Renato Augusto, Elias e Jadson, além de Love Imagem: Reproduēćo

Corinthians versão 2016: Giovanni, Rodriguinho, Guilherme e Lucca, mais André Imagem: Reprodu??o

Infiltração

No primeiro tempo da partida contra o Vasco, a estratégia deu certo em duas oportunidades, em lances pelo meio da zaga, com toque e ultrapassagem. Primeiro, Camacho tabelou com Rodriguinho para chegar à frente, como fazia Elias. Marlone, depois, repetiu a dose com Romero. Nos dois casos o Corinthians marcou o gol.

Marlone chega à frente para marcar o segundo gol do Corinthians contra o Vasco Imagem: Reprodução

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