Oswaldo vive Dia D para seguir no Corinthians; pupilo de Tite é cogitado
Dassler Marques
Do UOL, em São Paulo
13/12/2016 11h26
Sem vaga na Copa Libertadores e com aproveitamento de 37% no comando do Corinthians, Oswaldo de Oliveira tem a permanência questionada para 2017 por uma série de pessoas de confiança do presidente Roberto de Andrade, além de conselheiros. As próximas horas são decisivas para o comandante, que já tem até uma sombra: Guto Ferreira.
Até o momento, pesa a palavra empenhada por Roberto de que Oswaldo teria prioridade para dar sequência no trabalho, e que o treinador não seria cobrado por possíveis resultados ruins na temporada que se encerrou. Por outro lado, até mesmo aliados veem o presidente mais uma vez sozinho com essa posição.
Nesse momento, Roberto vive dilema semelhante ao que teve quando contratou Oswaldo de Oliveira há dois meses diante de grande rejeição interna: ceder à pressão e iniciar 2017 com um ambiente mais leve ou enfrentar as rejeições internas e apostar no nome do treinador, referendado somente por conselheiros dele como Edu Gaspar e Fábio Mahseredjian (ex-gerente de futebol e ex-preparador físico do clube, ambos hoje na seleção).
Dentro do Corinthians, apesar do pouco tempo de casa, Oswaldo enfrenta alguns tipos de rejeição. As principais dizem respeito à dificuldade em se adaptar ao sistema de trabalho anterior e também em relação aos métodos.
Como já falado anteriormente, os treinamentos longos do treinador são criticados por atletas e membros da própria comissão. Também há reclamações em torno das questões disciplinares do grupo e de declarações do último domingo, quando não assumiu parcela de culpa pelo fracasso no objetivo pela Copa Libertadores.
Na última sexta-feira, porém, Oswaldo afirmou categoricamente que tinha garantias para seguir no Corinthians em 2017. Revelou, inclusive, que tinha adiado viagem de férias para auxiliar o gerente de futebol Alessandro e toda a diretoria na busca por reforços.
Guto Ferreira é cogitado para substituir Oswaldo
Aliados do presidente Roberto de Andrade apresentaram o nome do treinador do Bahia como alternativa em caso de demissão de Oswaldo de Oliveira. Guto, que obteve o acesso à Série A recentemente, é pupilo de Tite, que recomendou Roger Machado e ele como eventuais sucessores quando partiu para a seleção brasileira.
Em viagem à Alemanha, onde acompanha treinamentos do Stuttgart e do Hoffenheim para aperfeiçoamento profissional, Guto Ferreira não recebeu contatos oficiais. Entretanto, a notícia que estaria na linha sucessória em caso de saída de Oswaldo já chegou a pessoas próximas dele e à direção do Bahia.
Outro nome falado nas últimas horas dentro do Corinthians é de Vanderlei Luxemburgo, que conta com admiradores dentro do Corinthians - inclusive, o presidente Roberto de Andrade. Ele se ofereceu para retornar ao clube nos últimos meses.
A falta de opções mais confiáveis também joga contra a demissão de Oswaldo. Eduardo Baptista (acertado com Palmeiras), Roger Machado (no Atlético-MG) e Dorival Júnior (seguirá no Santos) eram os substitutos vistos como ideais.