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Chape vê escolinha crescer após tragédia e quer filtrar pedidos para 2017

Base da Chapecoense tem aumento da procura após tragédia com voo Imagem: Chapecoense/Divulgação

Danilo Lavieri e Luiza Oliveira

Do UOL, em Chapecó (SC)

07/12/2016 06h00

As categorias de base, mais do que nunca, representam o futuro da Chapecoense e um dos principais caminhos para o clube se reerguer. E este processo já começou. Desde a tragédia com o voo, as escolinhas de futebol da Chape vêm tendo uma procura maior a ponto de o clube precisar filtrar pedidos para 2017.

Na última semana, crianças, adolescentes e pais procuraram os profissionais do clube com a intenção de fazer parte do time e ajudar. Foram ligações, e-mails e até currículos de atletas que chegaram às mãos da diretoria da base.

“Já estava tendo uma procura pelo sucesso da Chapecoense e agora, com isso tudo, a procura está bastante grande. Ligam para mim, para outros professores também. Perguntam como fazer parte da escolinha orque eles querem participar”, conta a professora e técnica da categoria Sub-11 Nívea Maria.

A Chapecoense ainda não está efetuando inscrições para 2017 porque as atividades já estão encerradas neste ano. E também nem teve tempo de se organizar após a fatalidade. Assim, só vai começar a ver os pedidos no início do ano que vem e já planeja fazer um filtro porque não será possível atender a todos.

“Vamos ter que selecionar. A escolinha tem em torno de 200 a 220 alunos, e o número de professores que temos hoje é ideal para o número de alunos, até para manter a qualidade do treinamento, o foco não é a quantidade. Não pode encher porque perde a qualidade”, disse Nívea.

A tragédia do voo já mudou toda a rotina das escolinhas e das categorias de base. As atividades foram encerradas antes da data programada e até alguns jogos foram cancelados. As categorias Sub-11 e Sub-13, por exemplo, abandonaram as finais do campeonato estadual.

A grande diretoria preocupação da diretoria é em preservar os atletas e dar suporte para que eles não tenham um grande abalo emocional. O clube já disponibilizou profissionais da psicologia para os jovens e agendou uma reunião na sexta feira com os pais para conversar sobre o ocorrido.

Até agora já surgiram diversas dúvidas entre as crianças e os adolescentes. A principal indagação é se a Chape iria acabar. Mas os professores tiveram a preocupação de conversar com eles e deixar claro que o trabalho continua. Mais que isso, será ainda mais forte. Há a ideia de aumentar o número de escolinhas, que hoje são 19 espalhadas por Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

"A tendência é aumentar porque a procura está muito grande principalmente na região aqui. Vamos ter uma necessidade maior de expandir. A escolinha vai continuar e vamos voltar ainda mais fortes, mas não deu tempo para assimilar nada. A característica da Chape, dos nossos alunos e do povo de Chapecó sempre foi de lutar e acreditar. Na dificuldade a gente vai se unir. A vontade é maior para fazer tudo pelas pessoas que se foram, entregar e lutar mais ainda”, disse.

O discurso já convenceu até os atletas. “Dá um estímulo a mais, vamos tentar reerguer o clube. Vamos jogar por nós e pelos que se foram”, disse o atleta Eduardo Sabadim, de 15 anos.  Guilherme Jordan, também de 15 anos, tem opinião parecida. “Fiquei com medo que fosse acabar, mas agora acho que vai voltar ainda mais forte”.

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