Corinthians isenta dirigentes e arquiva denúncias de desvio na base
Dassler Marques
Do UOL, em Goiânia
28/07/2016 17h52
O escândalo de desvio de dinheiro nas divisões de base do Corinthians foi arquivado sem punições para os envolvidos.
Em sessão na quarta-feira, a comissão de ética e disciplina do conselho deliberativo do Corinthians isentou o conselheiro Manoel Ramos Evangelista, o diretor de futebol adjunto Eduardo Ferreira e o diretor de futebol amador José Onofre Souza de responsabilidades.
O episódio diz respeito às acusações feitas pelo empresário americano Helmut Niki Apaza contra os dirigentes do Corinthians. Ele apresentou conversas de WhatsApp que foram vazadas à imprensa e que indicam o pagamento de 120 mil dólares por direitos econômicos do jogador Alyson Mota e ainda uma carta para representação do clube nos Estados Unidos.
O julgamento foi realizado pelos conselheiros Sérgio Eduardo Mendonça de Alvarenga (presidente e relator da comissão), Daniel Leon Bialski e José Luís Cecílio. Carlos Roberto Elias e Luiz Eduardo da Silva participaram de todo o processo de apuração, mas foram impedidos de participar por já terem atuado como advogados de um dos investigados.
Entre as possibilidades, a comissão poderia votar por advertência, suspensão, desligamento e perda do cargo de conselheiros, mas optou pelo arquivamento por falta de provas concretas. Oito testemunhas foram ouvidas.
Conforme mostrou recentemente o UOL Esporte, o ex-gerente Fábio Barrozo deixou o Corinthians na sequência do episódio, mas foi contratado pelo Tigres do Brasil-RJ, parceiro corintiano, para ser diretor.