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Goleiro brasileiro relata terror em meio a golpe militar na Turquia

'No começo até achamos que era brincadeira', diz Artur, ex-Cruzeiro, Coritiba e Benfica Imagem: Francisco Leong/AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

15/07/2016 20h14

O goleiro brasileiro Artur, que defende o Osmanlispor na primeira divisão do Campeonato Turco, relatou ao jornal português “O Jogo” os momentos de tensão que vive na Turquia nesta sexta-feira, em meio à tentativa de golpe militar no país.

“Estava jantando no centro de Ancara com um amigo e, de repente, começam a passar aviões militares a fazer voos rasantes. No começo até achamos que era brincadeira, mas depois quando entramos no carro para ir para casa, vimos que as ruas estavam todas fechadas, com muita polícia e muitas ambulâncias na estrada”, contou Artur, com passagem pelo Cruzeiro.

“Só quando cheguei a casa e liguei a televisão é que percebi mais ou menos o que se estava acontecendo, mas ainda é tudo muito fresco e confuso. Só amanhã é que vai dar para perceber melhor. O presidente do país negou que se trate de um golpe militar, mas a televisão está dizendo que é mesmo isso. Tiros, eu não ouvi", afirmou Artur ao diário esportivo português.

Outro brasileiro presente na Turquia é o lateral-esquerdo André Santos, ex-Corinthians e Flamengo. O jogador chegou há duas semanas ao país, onde defenderá o Boluspor. Em contato com a reportagem, a assessoria de André Santos informou que o jogador afirmou que a cidade de Bolu, localizada a 70km, está tranquila, apesar de os jogadores não poderem sair do Centro de Treinamento do clube. 

O Exército da Turquia anunciou nesta sexta-feira ter assumido o poder em todo o país. Após soldados e tanques ocuparem as ruas de Istambul e Ancara, capital do país, o primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, declarou em rede nacional que o país passa neste momento por uma tentativa de golpe militar.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, estava em férias na cidade turca de Marmaris. Em entrevista por celular à rede de televisão CNN, Erdogan disse que o golpe seria fruto de uma minoria dentro do Exército turco. O presidente pediu que a população do país vá às ruas contra os militares.

Preocupado com a situação, o goleiro brasileiro disse que não pensa em sair de casa neste momento. "Vivo mesmo em Ancara, embora seja um pouco afastado do centro da cidade. Agora, da minha casa não saio. Vai ser preciso serem muito fortes para me convencerem a sair”, disse Artur, com passagens ainda por Cruzeiro, Benfica, Sporting Braga e Roma, entre outros clubes.

“Estou jantando e passam aviões militares por cima da minha cabeça, de repente fecham os estabelecimentos todos e há esta confusão na rua, olho para a televisão e vejo tanques militares nas ruas... Vão ter de batalhar muito para me tirar de casa”, acrescentou o atleta do Osmanispor, clube que foi quinto colocado na temporada 2015/2016 do Campeonato Turco.

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