Por que milionário italiano ainda não respondeu ao Inter sobre Nico López
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
09/06/2016 06h00
A espera por Nico López continua no Beira-Rio. O Internacional ainda não recebeu oficialmente a resposta da Udinese sobre sua oferta. A demora é resultado de uma equação que envolve a dura política de negociações dos clubes administrados por Giampaolo Pozzo, milionário italiano, análise de atletas da base do Colorado e troca de diretores na Itália.
Gino Pozzo, 51 anos e filho de Giampaolo, é quem toca as negociações de Udinese e Granada-ESP. Nas últimas semanas, ele esteve envolvido diretamente na venda do clube espanhol para um grupo chinês. Mas sua postura diante de transferências é que pesa mais.
Duro, Gino usa a condição financeira da família para levar as negociações até o limite. E reitera, sempre, que não tem pressa algum para concluir acordos.
Além disso, a Udinese trocou de diretor de futebol nos últimos dias. Cristiano Giaretta deu lugar a Nereo Bonatto.
O outro item que emperra a definição do negócio é a análise de jogadores do Inter. Sem condições de arcar com o pedido da Udinese, seis milhões de euros (R$ 23 milhões na cotação atual), o Colorado ofereceu atletas e o time italiano ficou de observá-los.
Eduardo Sasha, elogiado por Gino e Giampaolo, não está nesta lista. Os nomes envolvem jogadores da base, a serem repassados por empréstimo ou definitivo. Ou então apenas percentual dos direitos econômicos.
O Internacional aguarda a resposta com um tom pessimista. Mas depende do contato da Udinese para apresentar outra oferta, uma possibilidade cada vez mais forte dentro da negociação. O dinheiro obtido com a venda de Nilton ao Vissel Kobe, do Japão, deverá ser utilizado.
Nico López, 23 anos, atuou no Nacional-URU no primeiro semestre. O time de Montevidéu e o jogador tem acordo para renovação do empréstimo por mais 12 meses, mas este acerto depende da Udinese – que possui autonomia para chamar o atleta de volta e negociá-lo. Agora, além do Inter o time da banda oriental também espera a resposta da Itália.