Solução caseira diminui lesões e ajuda Inter a mudar estilo de jogo
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
15/03/2016 06h00
As mudanças no Internacional não ficam somente no elenco, que perdeu medalhões e ganhou diversos garotos na virada do ano. Ainda em 2015, o Colorado apostou em um profissional criado dentro do Beira-Rio para melhorar seu fôlego. Com João Goulart, uma solução caseira, o clube gaúcho vive fase com diminuto número de lesões musculares e troca no estilo do time.
No terceiro mês da temporada, o Inter só registra três lesões musculares: Ernando, ainda durante a Florida Cup, Fernando Bob e Vitinho. O índice é tratado como um atestado da boa parte física do elenco.
"A gente trabalha muito dentro dos microciclos. Estamos crescendo, mas a ideia é manter. Os índices do elenco já estão ótimos. Agora é ir reduzindo o volume e indo para trabalhos de força. A equipe vai ficar mais leve, mais solta", aponta João Goulart.
Goulart trabalha no Inter desde 2009 e foi promovido para o elenco principal há três anos. Na temporada passada, foi o nome indicado por Élio Carravetta, coordenador físico, para virar o imediato nos trabalhos do dia a dia após a saída de Diego Aguirre e Fernando Pignatares.
Em 2016, a periodização foi alterada em relação ao final do ano passado. A meta é deixar o time cada vez mais intenso e forte. Baseado no modelo de jogo pensado para aproveitar os diversos jovens oriundos da base – com capacidade de fazer mais de uma função.
"Nossa equipe é muito mais veloz e intensa. A tendência é que cresça ainda mais. Uma equipe que briga até o fim, com alto nível de competitividade. Pegando um pouco da característica do Argel, é um time que luta muito. Que compete", diz o preparador.
A velocidade e versatilidade permitem, por exemplo, que o Internacional tenha um ataque cheio de variações. Um ataque mutante – com Aylon, Eduardo Sasha e Vitinho.