De onde veio o apelido da nova aposta da base do Inter? Da chuva
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
16/02/2016 06h00
Em um domingo qualquer de 2002, Leonardo saiu de casa para seguir o irmão Adriano e viu a vida mudar para sempre. Em um campo da pequena cidade de Arcos, no interior de Minas Gerais, o caçula da família Ávila virou Goteira. O apelido, por mais que treinadores e clubes tenham tentado, não desgrudou do atacante. Quatorze anos depois, ele é uma das novas apostas da base do Internacional.
Goteira, ou Léo Ávila – como quer o Inter, foi artilheiro do Primavera-SP na última Copa São Paulo. Entrou na mira de 10 clubes brasileiros, mas fechou com o Inter justamente pelo histórico de utilização das categorias de base no Beira-Rio. O apelido chega antes do futebol do menino de 1,79 m. No CT de Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre, a ordem de chama-lo pelo nome não colou.
"Até tentam me chamar de Léo, mas nos treinos não tem como, é só Goteira para lá e para cá", conta. "Eu tenho esse apelido desde os seis, sete anos. Meu irmão era o Adriano Chuva e eu virei Goteira", completa.
O Adriano Chuva de Arcos não é aquele que passou por Juventude, Grêmio, Sport, Palmeiras. O Adriano, da família dos Ávila, só ajudou o irmão mais novo a ganhar fama além das quatro linhas. No Inter, em poucas semanas, o rendimento nos treinos encheu os olhos de dirigentes e treinadores.
"O futebol é diferente, mas estou me adaptando. Aqui é muita força, mais estilo europeu. Mais velocidade, marcação. Tem que ter muita disposição. Mas sinto que estou me encaixando rápido no time", comenta.
Com contrato até dezembro de 2017, e opção de renovação, Léo Ávila – ou Goteira, como todos preferem, está no time no time júnior do Internacional. Tem realizado sessões de reforço muscular e, a partir de março, também vai passar por aprimoramento técnico.
A estrada ainda é longa, mas Goteira já começou a pingar no Internacional.