Atacante com fama de talismã não quer saber de meta de gols no Cruzeiro
Enrico Bruno
Do UOL, em Belo Horizonte
22/01/2016 06h00
Contratado neste início de temporada, Rafael Silva mal chegou ao Cruzeiro e já marcou seu primeiro gol com a camisa mineira. Na vitória por 2 a 0 diante do Rio Branco-ES, o atacante anotou o segundo feito celeste em Cariacica, em uma jogada que misturou sorte e bom posicionamento. E por falar em contar com a sorte, Rafael carrega a fama de ser o ‘talismã’. Foi assim no Vasco de 2015, depois de marcar gols importantes na temporada passada e despertar o interesse do presidente celeste Gilvan de Pinho Tavares.
Apesar do compromisso e função de marcar gols, Rafael Silva não quer traçar uma meta a ser batida em seu novo clube. A partir desta temporada, o atacante coloca como primeiro objetivo figurar entre os melhores.
“Nunca coloquei metas de gols na minha carreira. Não almejava o Carioca, mas estava na luta. Falei pra minha família, converso com minha esposa e meus irmãos. Falei que nos dois anos de Cruzeiro eu queria estar entre os onze melhores do campeonato. Quero estar dentro disso”, comentou o atacante.
Vale lembrar que antes de chamar a atenção no Vasco, Rafael Silva já levantava uma taça de campeonato estadual. Em 2014, o jogador estava naquela equipe do Ituano que superou o Santos nos pênaltis e ganhou o Campeonato Paulista. Depois daquele ano, Rafael se transferiu para o Vasco, onde também venceu o estadual e marcou seu nome nos clássicos.
Na final carioca do ano passado, o atacante marcou o único gol na primeira final contra o Botafogo, já aos 47 minutos. Na partida da volta, voltou a marcar também aos 47 minutos, mas do primeiro tempo, e ajudou o Vasco a vencer mais um jogo (por 2 a 1) e sagrar-se campeão após 12 anos na seca.
No final da temporada, Vasco e Flamengo se encontraram pela Copa do Brasil e Rafael esteve mais uma vez iluminado. No segundo encontro entre as equipes no mata-mata, o time rubro-negro marcou cedo e estava levando a disputa para os pênaltis, mas o jogador entrou aos 35 minutos e balançou as redes dois minutos mais tarde, decretando a classificação cruz-maltina. Sorte?
“Tem uns que falam comigo, com todo respeito pela palavra, sou 'cagão'. Mas tem que estar ali dentro da área no momento certo. Agradeço a Deus por me ajudar”, brincou.
No Cruzeiro, Rafael não terá vida fácil. A princípio, o jogador chega para ser a ‘sombra’ do atacante Willian, titular absoluto e em alta com a torcida.