Barça pedirá que Federação investigue racismo contra Neymar, diz rádio
Do UOL, no Rio de Janeiro
03/01/2016 13h32
A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) irá receber um pedido, por meio de carta, para que investigue o caso de racismo contra Neymar, que aconteceu durante jogo entre Barcelona e Espanyol. As informações são da Catalunya Ràdio.
O Barça fará a cobrança à entidade que comanda o futebol espanhol para saber se o delegado da partida - disputada neste sábado e que terminou sem gols - relatou o incidente em seus informes à Federação. A TV espanhola La Sexta flagrou parte da torcida do Espanyol imitando sons de macaco quando Neymar tocava na bola.
O árbitro do jogo González González não fez nenhuma menção aos insultos racistas na súmula.
O estádio Cornellà-El Prat foi palco de diversas provocações a jogadores do Barça. O uruguaio Suárez, por exemplo, foi chamado de "canibal de m..." por um torcedor do Espanyol.
Messi também foi insultado, assim como Piqué. O ex-dirigente do Barcelona Toni Freixa, que assistiu ao jogo no estádio do rival, foi o primeiro a denunciar o comportamento de alguns fãs do Espanyol e pediu punição pelos atos racistas.
"Espero que os gritos racistas contra Neymar sejam escritos na súmula da arbitragem", escreveu Freixa no Twitter.
Neymar não se manifestou sobre o episódio. No Facebook, o camisa 11 fez a única referência sobre o caso até o momento e postou uma foto em que aparece com a torcida do Espanyol ao fundo, fora de foco.
O zagueiro Piqué pediu punição ao torcedores que entoaram cânticos racistas durante o clássico. O jogador pediu que as autoridades identifiquem os envolvidos no episódio.
Esta não foi a primeira vez que Neymar foi alvo da torcida do Espanyol. Em abril de 2015, o camisa 11 também foi insultado - houve imitações de macacos direcionadas a ele e ao lateral Daniel Alves.
Na ocasião, a Liga Espanhola denunciou a torcedores organizados do clube. Segundo a entidade que comanda o futebol local, as ofensas partiram de membros da Curva RCDE. Os cânticos foram proferidos por grupos entre 300 e 600 pessoas.