Comando do Grêmio se reúne à tarde para 'abafar' crise. E pode ter demissão
Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre
18/05/2015 11h35
As reuniões no começo da semana são ordinárias no Grêmio. Mas agora é diferente. Presidência, direção de futebol e comissão técnica sempre se encontram, mas após dois jogos sem vitória no Brasileirão, ainda mais contra rivais considerados mais fracos, o encontro desta segunda-feira (18) será tenso. Pode até acabar em demissão.
O mais cotado para perder o cargo é o executivo Rui Costa. O cargo profissional do departamento balança pela falta de títulos. É dele o posto desde o início de 2013. Se manteve mesmo com a troca de comando entre Fábio Koff e Romildo Bolzan Júnior.
Mas não é de Rui a última palavra sobre qualquer negociação gremista. Há a presidência, o Conselho de Administração e o comando político da pasta, feito por César Pacheco. No entanto, os vice-presidentes e o presidente são eleitos. E Pacheco assumiu o futebol há pouco tempo. E mesmo com declarações 'curiosas', como pedindo uma 'poção mágica' para resolver os problemas do clube, não deve sair.
Outro nó da corda que comanda o Grêmio é Luiz Felipe Scolari. Qualquer ação do departamento de futebol parte, também, do treinador. Foi Felipão, por exemplo, responsável direto pela saída de Kleber Gladiador e Edinho dos planos. Não quis usar o volante Adriano, ex-Santos. E ainda forçou a saída de Fernandinho do grupo e não quer seu regresso após o fim do empréstimo ao Hellas Verona.
Mas Luiz Felipe Scolari é muito forte internamente. Mesmo ameaçado pelo momento, a falta de vitórias e ainda declarações que pressionam a direção por reforços, ele tende a se manter ao menos até o jogo contra o Figueirense, no próximo domingo.
Enquanto o comando decide o futuro do clube, os jogadores estão de folga. A reapresentação será no CT Luiz Carvalho, na terça-feira pela manhã. Será quando o elenco saberá de mudanças ou não no rumo do clube para o restante do ano. Com apenas 1 ponto em dois jogos, o Tricolor ocupa a 18ª posição no Brasileirão.