Na Justiça, Vitória derrota jornal baiano e mira o Google
André Uzêda
Do UOL, em Salvador
09/02/2015 22h08
O Esporte Clube Vitória venceu, em primeira instância, uma ação por danos morais contra o jornal Correio, impresso líder de vendas no estado da Bahia.
Pela ação, sentenciada pela juíza Ana Cláudia Silva Mesquita, o jornal fica obrigado a pagar R$ 10 mil ao rubro-negro baiano. O Correio, porém, ainda pode recorrer da decisão.
A ação diz respeito ao uso da palavra "vice" grafada dentro do escudo do clube em uma reportagem no site do jornal, no ano de 2013.
Segundo a juíza escreveu na sentença, isto "fere a honra" do Vitória pois esta "alteração é motivo de muitas brincadeiras pelos torcedores do time rival no Estado, que sempre brincam com o time autor, afirmando que ele somente tem competência para ser vice-campeão."
Ainda de acordo com a peça jurídica, o Vitória diz que vem sendo "chamado pelos torcedores dos times adversários de VICETÓRIA e que por iso, a publicação do escudo teria causado-lhe dano moral".
O jurídico do Vitória processa também a empresa Google.com por manter no seu banco de imagens o escudo adulterado do rubro-negro, o que faria com que outras veículos de notícia, ao buscar ilustrações do clube, reproduzissem o erro.
"O fato de termos vencido esta ação abre precedente para vencermos outras. Achamos, inclusive, que este valor é baixo e queremos em segunda instância pedir aumento final na quantia", diz Nilton Almeida, diretor jurídico do clube.
DIREITOS DE TRANSMISSÃO
O Correio é de propriedade da família do ex-governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007, e torcedor confesso do Vitória.
O jornal, que tem atualmente circulação de 63 mil exemplares, faz parte do grupo Rede Bahia, que tem como carro-chefe a TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado, e responsável pela transmissão dos jogos do Campeonato Baiano.
O diretor jurídico do Vitória, porém, não enxerga possíveis rusgas com a TV responsável pela divisão de cotas de transmissão no campeonato estadual. "Fizemos o que tinhamos que fazer. Fomos buscar nossos direitos. Da nossa parte não há qualquer problema", diz