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Inter quebrou 'tradição' e parou de vender. Mas a conta está chegando...

Eduardo Sasha é considerado 'cheque em branco' no Beira-Rio. E o Inter vai precisar dele Imagem: Alexandre Lops/AI Inter Divulgação

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

28/01/2015 06h00

Nos últimos 10 anos, o Internacional contou com um expediente extracampo para dar seu salto: a venda de jogadores. Do Beira-Rio saíram nomes como Diogo Rincón, Nilmar, Alexandre Pato, Sidnei, Sandro e Luiz Adriano para rechear os cofres. Só que desde dezembro de 2013 o Colorado não lucra com suas categorias de base e a conta está prestes a estourar. Assim, uma transferência é garantida em agosto e pode envolver Eduardo Sasha ou Valdívia.

A dupla é vista como ‘cheque em branco’, ainda mais se a campanha na Libertadores for boa. Em 2006 e 2010 o rendimento no torneio foi vital para os lucros, com negócio envolvendo Rafael Sobis e Taison, por exemplo. Agora, novas vendas são imperativas para a saúde financeira do Inter. O clube começou 2015 com orçamento provisório e afirma que a antiga gestão antecipou no ano passado as receitas desta temporada, alijando o poder de investimento e dificultando as contas.

Logo após a virada do ano, a especulação foi de que quase R$ 58 milhões foram antecipados – entre cotas de TV e receitas de patrocínio -, mas os dirigentes da época negam. O que os dois lados da moeda admitem é que as vendas precisam voltar. E com urgência.

“O Internacional sempre foi um clube vendedor, crescemos em uma década com este formato. Certamente vamos retomar isto, é um procedimento vital para a saúde financeira do clube”, disse Vitorio Piffero, presidente eleito para o biênio 2015/2016. “Não vamos negociar ninguém antes da Libertadores, entraremos fortes na competição. Depois as coisas podem acontecer”, corroborou o diretor de futebol Carlos Pellegrini.

O último grande negócio feito pelo Internacional foi com Leandro Damião, vendido ao Santos com dinheiro do grupo Doyan Sports. Os R$ 42 milhões pagos pelo fundo maltês ajudaram o Colorado a fechar aquela temporada com déficit mínimo. Mesmo que em agosto Fred tenha sido negociado com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e nos cofres do Beira-Rio tenham ficados outros R$ 31 milhões. E dias antes, o zagueiro Rodrigo Moledo também havia sido liberado após o Metalist desembolsar 5 milhões de euros (R$ 14 milhões à época).

“Muitos jovens não foram usados, jogadores mais velhos ficaram no time e frearam a ascensão da base. Isso refletiu nas finanças, sem negócios maiores. Vamos ter que retomar isto urgentemente”, afirmou outro dirigente da atual diretoria.

Valdívia fechou 2014 em alta e gerou três sondagens e uma oferta oficial, do mesmo Doyan Sports, em dezembro. O Inter preferiu recusar os valores, apostando em uma valorização durante a Libertadores. O raciocínio é o mesmo com Sasha, que pintou como promessa em 2010 e precisou ser emprestado ao Goiás para deslanchar. Além deles, o lateral direito Cláudio Winck também aparece na lista daqueles que com quem o Colorado quer lucrar. O problema é que ele não deve ser titular e assim, perderia visibilidade – ou seja – geraria valor menor.

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