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Vale a pena investir na base? Vendas de R$28 milhões no Flu mostram que sim

Lateral Fábio, do Manchester, foi uma das revelações vendidas pelo Tricolor do Rio Imagem: ANDREW WINNING / REUTERS

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/01/2015 06h00

Não é de hoje que as categorias de base do Fluminense são um dos maiores orgulhos do clube. E os jogadores criados no CT de Xerém não tem dado apenas retorno técnico ao Tricolor. Nos últimos cinco anos, o time das Laranjeiras faturou R$ 28 milhões apenas com vendas de atletas que pouco atuaram pelos profissionais.

O maior exemplo desse sucesso 'comercial' é o trio formado pelos irmãos Fabio e Rafael, vendidos ao Manchester United, e Wallace, comprado pelo Chelsea. Em 2009, os gêmeos renderam ao Tricolor cerca de R$ 2,5 milhões (complemento da negociação de 2008, que já havia rendido R$ 5,5 milhões), enquanto o lateral direito - sozinho - valeu R$ 14,3 milhões aos cofres das Laranjeiras.

Além do trio, o Fluminense também lucrou R$ 4,5 milhões ao vender Wellington Silva ao Arsenal em 2011. Todos eles têm, em comum, o fato de terem vestido pouco a camisa do Tricolor em jogos profissionais. É o caso também de Fabinho, vendido em 2012 aos portugueses do Rio Ave, por R$ 1 milhão.

As negociações mostram um lado menos conhecido, mas lucrativo das categorias de base. Além dos atletas vendidos precocemente, o Fluminense conseguiu receitas expressivas com o chamado mecanismo de solidariedade, criado pela Fifa, que repassa um percentual das vendas posteriores (de 0,25% a 5%) aos clubes formadores do jogador, ou seja, defendidos por ele dos 12 aos 23 anos.

Por ter ajudado na formação de jogadores com Thiago Silva e outros tantos menos conhecidos, o Fluminense recebeu pouco mais de R$ 1,5 milhão nos últimos cinco anos sem sequer precisar se desfazer de um patrimônio seu. A negociação do zagueiro da seleção brasileira do Milan ao Paris Saint-Germain, por exemplo, rendeu receitas ao clube.

Mais recentemente, a transferência de cerca de R$ 30 milhões do atacante Alan do Red Bull Salzburg, da Áustria, ao Guangzhou Evergrande-CHI, também rendeu dividendos ao Fluminense. O jogador foi revelado nas Laranjeiras e se destacou na luta do time contra o rebaixamento.

Outra forma de lucrar com jogadores vindos de Xerém foi a venda de parte dos direitos econômicos para empresários. Em 2010, o Fluminense arrecadou pouco mais de R$ 2 milhões com o repasse de 20% dos direitos de quatro jogadores, entre eles Wallace e o lateral esquerdo Ronan, que até hoje está no Tricolor.

Uma das principais promessas do Fluminense na atualidade, o atacante Kennedy já rendeu receitas ao Tricolor, que vendeu 12,5% dos direitos do jogador. Ele, inclusive, é visto como uma das possibilidades de equilibrar o caixa da equipe, já que está na mira de grandes times europeus. Seria mais um capítulo da história de lucro recente do clube com suas categorias de base.

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