Inter aposta na honra para bater o Cruzeiro e não fará 2º oferta por joia
Jeremias Wernek
Do UOL, em Bento Gonçalves (RS)
17/01/2015 06h00
A investida forte do Cruzeiro por Giorgian De Arrascaeta preocupa o Internacional, mas não dará origem a uma nova proposta. O Colorado já definiu que vai sustentar a oferta apresentada anteriormente ao empresário Daniel Fonseca – dono dos direitos da joia uruguaia. Os dirigentes gaúchos falam até em honra para superar a disputa com a equipe mineira.
O Inter quer que Fonseca sustente o acordo verbal existente desde a virada do ano, onde os 4 milhões de dólares (cerca de R$ 10 milhões) serão pagos de maneira parcelada. Este modelo foi adotado ainda quando o Banco BMG estava nas tratativas e se tornou ainda mais vital agora, sem o aporte financeiro externo.
“O Internacional não entrará em leilão, não vamos além daquilo que nós já temos planejado e colocado”, disse Luiz Fernando Costa, vice de futebol do clube gaúcho.
A cúpula vermelha mostra até certa irritação com o agente Fernando Otto, responsável pela ponte entre o Inter e Arrascaeta. Na visão de integrantes do departamento de futebol, o empresário brasileiro dá muitas entrevistas e adota tom sincero demais. Foi Otto quem escancarou a entrada do Cruzeiro nas conversas pelo meia do Defensor.
“Eu ainda acredito no negócio, falo com o Daniel Fonseca sobre isto há 60 dias e já temos salários do jogador, forma de pagamento e outros pormenores acertados. Ele me deu a palavra dele”, afirmou Fernando Otto.
Na próxima segunda-feira o representante do Internacional deverá se reunir com Fonseca em Montevidéu. A capital da banda oriental também recebeu nas últimas horas André Cury, emissário do Cruzeiro, com a proposta de pagamento à vista por De Arrascaeta.
O anúncio de Giorgian De Arrascaeta é a grande novela do Internacional na atual janela de transferências. Na mira do Colorado desde agosto, ele acertou salários em novembro. Em dezembro Delcir Sonda saiu do negócio e obrigou os dirigentes a procurarem um novo parceiro para bancar a aquisição do jogador. Foi então que o empresário Giuliano Bertolucci e o Banco BMG apareceram, mas a nova regra da Fifa sobre investidores fez o acordo retroceder.