Cartola considera inviável desejo do Atlético-MG de ampliar Independência
Thiago Fernandes
Do UOL, em Belo Horizonte
31/12/2014 06h00
O Atlético-MG sonha com a ampliação da capacidade do Independência com arquibancadas móveis. Contudo, sofrerá restrições, já que o América-MG, proprietário do estádio (hoje administrado pela BWA), precisa aprovar qualquer alteração no local. Marcus Salum, que até este ano integrou o Conselho de Administração do clube alviverde, crê que a intenção do atual campeão da Copa do Brasil é inviável devido a questões logísticas.
“Eu acho que é quase inviável o aumento de capacidade do Independência. Existem muitas questões a serem discutidas. A primeira delas é relacionada ao trânsito. O Horto é um bairro residencial e não há estacionamento para todos os torcedores no estádio. Como farão para que cheguem 30 mil pessoas à região. Existem questões mais burocráticas referentes ao meio ambiente”, disse Salum ao UOL Esporte.
Embora aponte alguns empecilhos para ampliação do campo do Horto, o dirigente, que deixou a diretoria do América, ainda não se posiciona a respeito da intenção do rival que também utiliza o estádio como palco de suas partidas.
“Primeiro que este não pode ser um projeto do Atlético, que não tem direito nenhum sobre o estádio. Isso tem que ser conversado entre o governo do estado e a BWA. Mas o América precisa aprovar toda e qualquer mudança realizada no Independência. Não posso me pronunciar sobre o caso, porque tenho que ter acesso ao projeto para dizer que sou contra ou favorável”, ressaltou.
Nessa terça-feira, Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético, em entrevista ao Superesportes, revelou que pretende ampliar a capacidade do Independência de 23 mil para 30 mil torcedores, utilizando arquibancadas móveis. O cartola chegou a visitar a Fast Engenharia em São Paulo, uma das duas únicas empresas que trabalham com a tecnologia apropriada no Brasil, para avaliar a situação.
A reportagem procurou o sucessor de Alexandre Kalil no cargo de mandatário para comentar as declarações do presidente do América, mas não obteve sucesso. O diretor de futebol, Eduardo Maluf, também não foi encontrado.