Fifa exige devolução de relógios de R$ 4 milhões dados de presente pela CBF
Do UOL, em São Paulo
18/09/2014 10h43
A Fifa ordenou nesta quinta-feira que 65 relógios de luxo da marca Parmigiani, distribuídos pela CBF durante a Copa do Mundo de 2014, sejam devolvidos pelos donos. Os presentes teriam sido entregues no dia da abertura do torneio - inclusive para o presidente da própria Fifa, Joseph Blatter.
A entidade máxima do futebol mundial ameaça tomar medidas legais para que as devoluções sejam feitas até 24 de outubro. A CBF não será punida pela distribuição de presentes; no entanto, para evitar repercussão negativa, os “agrados” deverão ser revertidos em investimentos a instituições de caridade do Brasil.
"Nosso código de ética proíbe tais presentes (…). Dirigentes esportivos não podem oferecer ou aceitar presentes que possuam mais que ‘valor simbólico ou trivial’”, disse a entidade máxima do futebol mundial em comunicado.
“A CBF não deveria oferecer os relógios. Aqueles que receberam os presentes devem checar se os itens oferecidos são apropriados e, encontrando o relógio, deverão devolvê-lo ou reportar o assunto”, completa a nota oficial divulgada nesta quinta-feira.
Diante da entrega dos presentes em junho, o órgão máximo do futebol internacional recebeu então uma denúncia, uma vez que a distribuição de presentes de luxo é proibida. Então, o Comitê de Ética da Fifa iniciou uma investigação e concluiu que a CBF não poderia ofererer os relógios, determinando o recolhimento dos mesmos.
A CBF alega que já recolheu os relógios - entregues a representantes de cada uma das 32 seleções participanates, além de representantes de federações e confederações nacionais. A Fifa, no entanto, nega o retorno dos presentes.