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Após se declarar gay e abandonar futebol, jogador diz que era impossível seguir atuando

Americano Robbie Rogers em ação pelo Stevenage, antes de abandonar o futebol Imagem: Pete Norton/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

29/03/2013 17h31

Pouco mais de um mês depois de se declarar gay e abandonar o futebol, o jogador norte-americano Robbie Rogers explicou os motivos que o levaram a não atuar mais como profissional. O meia de 25 anos já havia jogado na seleção americana e afirmou, em entrevista ao jornal “The Guardian”, que não pretende voltar atrás. 

"Imagina ir ao treinamento todos os dias e estar debaixo dos holofotes. Seria um pouco de circo”, afirmou o jogador. “No futebol, é obviamente impossivel sair do armário, porque ninguem fez isso. Isso é louco e triste, eu penso”, disse também Rogers em entrevista ao jornal inglês.
“Se eu estivesse jogando bem, ia sair na mídia: "O jogador gay está jogando bem". Mas se tivesse um jogo ruim, seria: "Olha, o cara gay, ele está mal por ser gay", afirmou Rogers.

O meia afirmou também temer pela reação dos seus companheiros de time. “Eles iriam mudar? Mesmo que eu continuasse a mesma pessoa, não sei como seria o comportamento na minha presença, como quando eles fossem trocar de roupa”, questionou.

Rogers, cuja passagem pelo Columbus Crew inclui um título da Major League Soccer (MLS), em 2008, estava no Leeds United nesta temporada, mas deixou o clube inglês após um acordo de empréstimo para o Stevenage, da England League One (terceira divisão inglesa), expirar.

O jogador americano revelou ser gay em fevereiro. Ele divulgou o fato em um post no seu blog pessoal.

"Durante os últimos 25 anos tive medo de mostrar quem realmente era. O temor de que o preconceito e a rejeição freassem meus sonhos e aspirações. O medo de que meus entes queridos se afastassem de mim se soubessem meu segredo. O temor de que meu segredo pudesse atravessar o caminho de meus sonhos", escreveu Rogers.

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