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De volta ao Inter após 12 anos, Dunga encerrou carreira em litígio com o clube

Em 99 Dunga ajudou Inter a escapar do rebaixamento, mas foi demitido meses depois Imagem: Carmelito Bifano/UOL Esporte

Do UOL, em Porto Alegre

12/12/2012 14h36

Dunga está de volta doze anos depois. Confirmado como técnico do Internacional para 2013, o capitão do tetra retorna ao Colorado depois de encerrar a sua carreira em litígio com o clube. A saída ocorreu em março de 2000, poucos meses depois do gol que salvou a equipe do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Na época, Dunga chegou a se negar a ficar no banco e discutiu com Emerson Leão. A saída foi selada após mudança na diretoria e reclame pelo alto salário. Com diversos problemas financeiros o clube alegou que não tinha como bancar os vencimentos e rescindiu o vínculo.

“É o dia mais triste da minha vida”, disse Dunga em 20 de março de 2000 logo após assinar a rescisão com o Colorado. “Não vou aceitar isso, vou defender meu nome na Justiça”, completou. O clima entre ele e os dirigentes da época era pesadíssimo.

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Dunga voltou ao Inter no começo de 1999, quando o clube prometeu montar um grande time. Ao final daquele ano o camisa oito não tinha boas atuações e a equipe ainda lutava contra a queda para a Série B. No dia 10 de novembro, em um Beira-Rio lotado, Dunga desviou uma cobrança de falta de Celso e garantiu a vitória diante do Palmeiras.

O resultado salvou o time da degola e garantiu presença na seletiva para a Libertadores. Dunga iniciava as partidas, mas sempre era sacado na etapa final. Até que chegou o Gre-Nal. No segundo clássico, no Beira-Rio, Emerson Leão resolveu barrar o capitão do tetra.

De acordo com o jornal Correio do Povo de 26 de novembro, Dunga foi comunicado que seria reserva horas antes daquele Gre-Nal. E ao ser avisado por Leão, na concentração, decidiu ir para casa. Se recusando a ficar no banco.

No começo de 2000, já sem Emerson Leão no comando da equipe, Dunga seguiu sendo utilizado. Participou da pré-temporada com o técnico Zé Mário, mas sempre ficou com o futuro em voga.

O então presidente Jarbas Lima e seu vice, Fernando Miranda, nunca esconderam o desejo de reduzir o salário do ídolo ou então acertar a saída. Na recisão, Dunga não quis ficar com o dinheiro pago pelo Inter. Fez uma doação dos valores para instituições de caridade de Porto Alegre.

E agora, mais de dez anos depois, ele volta ao clube. A missão é ajudar na reestruturação de um vestiário exposto e que viveu uma temporada cheia de problemas e resultados abaixo do esperado.

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