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Emerson Sheik investe R$ 100 mil e cria escola em área carente do Rio

Emerson faz doação; colégio atende 234 crianças e tem mensalidade com valor menor Imagem: Arquivo Pessoal/Ligia Passos

Bruno Thadeu e Luiz Gabriel Ribeiro

Do UOL, em São Paulo e no Rio de Janeiro

05/09/2012 06h00

Gols, histórias inusitadas e confusões têm alimentado o crescente folclore em torno de Emerson Sheik, atacante do Corinthians. Mas o jogador também tem outra face, esta mais social. Ele decidiu investir na comunidade em que viveu e construiu escola em área carente de Nova Iguaçu-RJ. O Centro Educacional Nova Escola foi elaborado em 2002, mas ficou pronto em 2004 e custou mais de R$ 100 mil segundo Lígia Passos, irmã do atleta e diretora da instituição.

O UOL Esporte esteve no colégio financiado por Emerson. A instituição atende 234 crianças, de 2 a 14 anos e fica na rua em que o atacante do Corinthians morou com a família, em Nova Iguaçu. 

“Eu cresci no bairro e vi que ali existia a necessidade de fazer uma escola. A ideia foi investir no futuro daquelas crianças porque a educação pode garantir que eles tenham dias melhores pela frente”, explicou Emerson.

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A parte administrativa da escola é toda com a Ligia. Emerson Sheik não acompanha o dia a dia do centro educacional, mas quer saber do andamento das aulas e do rendimento geral dos alunos.

“Ele vem mais depois dos campeonatos. Quando tem dias livres seguidos. As crianças ficam enlouquecidas. Os professores não conseguem dar aula. Ele distribui brinquedos para os alunos, ajuda a comunidade”.

De acordo com Lígia Passos, para desenvolver o colégio, o jogador do Corinthians arcou na época com a aquisição de dois terrenos em Nova Iguaçu, com a reforma completa da área em que atualmente é a escola, além de equipar o colégio para cursos de informática e laboratórios.

“Eu tenho formação em pedagogia e sempre quis ter uma escola. O Márcio [nome de registro do jogador] deu essa oportunidade para que muitas crianças tivessem acesso à educação. Ele financiou e fez todo esse movimento para que a ideia virasse realidade. Ele tinha dois terrenos, contratamos construtora e reformamos todo um prédio que já tinha”.

O colégio cobra mensalidade dos alunos, mas com um valor condizente à situação econômica local, frisa Lígia Passos. O jogador também contribui regularmente para a manutenção do centro educacional.

“A mensalidade é muito menor em relação a um colégio do centro do Rio até porque atendemos famílias de menor poder aquisitivo. É uma mensalidade menor, mas com estrutura de 1ª linha. Hoje posso dizer que a escola já consegue andar com as próprias pernas, sem a ajuda do Márcio [Emerson]”, disse Lígia.

Assédio das crianças

Durante a entrevista com Ligia, um aluno “invadiu” a sala da diretoria perguntando se o Emerson iria visitar a escola. A presença da equipe do UOL Esporte chamou a atenção do garoto, ansioso para rever o jogador.

“Eles ficam malucos. Querem mandar recados. Ficam frustrados quando o Emerson não aparece. Mas digo que não posso garantir quando ele virá. Sabemos a dificuldade que o Marcio [Emerson] tem com a rotina do futebol”.

“Quando ele vier, eu aviso. No dia”, disse a diretora ao garoto, que deixou a sala logo em seguida, decepcionado.

“Ele [Sheik] não gosta de falar sobre a escola. Não expõe. Peço o aval dele para falar sobre o assunto”, completou Ligia.

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