Turnê nos EUA evidencia dificuldade de Mano Menezes em vencer seleções de 1ª linha
Bruno Thadeu
Em Nova Iorque (Estados Unidos)
11/06/2012 06h00
A série de três jogos da seleção brasileira nos Estados Unidos evidenciou uma deficiência de Mano Menezes no comando do time: a dificuldade de pontuar diante de seleções consideradas de 1ª linha. Nos dois amistosos contra adversários situados no top 20 do ranking Fifa (México e Argentina), a seleção saiu derrotada. A única vitória na América do Norte ocorreu contra os EUA, 29º colocado.
Existe um abismo na era Mano entre o percentual de pontos conquistados contra seleções melhores do ranking Fifa (até a 20ª posição) e diante de rivais menos tradicionais.
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Nos jogos frente a seleções do 1º escalão, a seleção não vai bem. São apenas 36,6% dos pontos conquistados (3 vitórias, 2 empates e 5 derrotas).
Já contra adversários situados da 21ª posição em diante, a seleção tem ótimo desempenho. Foram 15 jogos, com 12 vitórias, 3 empates e nenhuma derrota, com 86,6% dos pontos.
Entre as adversárias mal situadas no ranking e batidas pela seleção estão o Gabão (42º do ranking), Irã (52º), Egito (57º) e Costa Rica (59º).
Apesar da derrota contra a Argentina, 4 a 3, em Nova Jersey, Mano ressaltou o trabalho realizado à frente da seleção brasileira, destacando que houve evolução na preparação à Olimpíada.
"Gostei do comportamento, da personalidade, gostei da maior parte das coisas que vimos aqui. É por isso que saio contente com essa passagem nos amistosos. Quando a seleção, ganha achamos que a seleção não ganhou de ninguém. Ganhamos da Dinamarca e falaram que o time era fraco. Mas eles ganharam da Holanda na Euro. É isso que me deixa contente e é por isso que as decisões já estão em encaminhadas", declarou Mano.