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Aloísio Chulapa revela mágoa com Fernandão e entrega apelido de Richarlyson: "corpinho"

Aloísio Chulapa conquistou muitos títulos durante a sua passagem pelo São Paulo Imagem: Antônio Gaudério/Folhapress

Renan Prates

Do UOL, em São Paulo

05/06/2012 05h59

Conhecido pelos "causos" engraçados fora de campo, o atacante Aloísio Chulapa está perto de se aposentar – fará isso em dezembro. Em entrevista ao UOL Esporte, ele contou várias histórias da sua carreira, admitiu ter mágoa de Fernandão (atual dirigente do Inter) e entregou o apelido do hoje atleticano Richarlyson nos tempos em que ambos atuavam no São Paulo: corpinho.

“Às vezes ligo para ele [Richarlyson] para saber como está. Ligo, chamo até de corpinho. Falo: parabéns, jogou muito. Como amizade mesmo, ele é um irmão. No São Paulo a gente brincava: vai corpinho!”, revelou Aloísio.

Aloísio não respondeu se a brincadeira era por causa da forma física do volante atleticano, alegando que todos no São Paulo tinham apelido, e Richarlyson não fugiu à regra. “O Souza [hoje no Cruzeiro] botava apelido em todo mundo. Meu apelido era Maguila [ex-boxeador], por causa da fala”, justificou.

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Ao falar de alegrias e tristezas no futebol, Aloisio admitiu que ficou magoado com um companheiro de equipe na época de Goiás (1997 e 1998). “Fiquei muito triste com um jogador que era melhor amigo nosso, meu e do Alex Dias [atacante já aposentado]. De repente, subiu a cabeça o dinheiro. Ele parou de falar com o Alex, senti mais por ele do que por mim, por ele não tinha nada no Goiás. O Alex emprestou 100 mil e poucos reais, pois ele não tinha nem onde morar. Hoje não dá nem uma ligação para agradecer”, explicou Aloisio, que não disse o nome, do ex-jogador, mas deu dicas.

“Hoje ele não está jogando, está fazendo alguma coisa lá no Internacional, faz parte da diretoria lá. Foi uma covardia, muito triste mesmo. Quando estou bebendo com o Alex Dias, ele chora, pois era como se fosse um irmão mesmo”, explicou.

Aloísio deixou claro que se trata do diretor-executivo do Inter, Fernandão, ao relembrar que atuaram na mesma época nos Emirados Árabes. "Eu encontrei com ele quando ele estava no Al-Gharafa [Aloísio atuava no Al-Rayyan na mesma época]. Não vou dizer quem é, mas com essas dicas está fácil você descobrir".

Outro episódio que deixou Aloísio magoado teve como personagem um treinador, na época em que jogava no Goiás. Chulapa – apelido que ganhou pela semelhança com o centroavante Serginho, que passou com destaque por Santos, São Paulo e seleção brasileira – revelou que foi humilhado pelo técnico -desta vez, ele não quis citar o nome nem dar detalhes de quem se tratava.

“Ele chegou a treinar o Goiás e perguntou para mim e para o Alex [Dias] o que eu tinha, se tinha apartamento, carro. Respondi: não tenho nada não, mas um dia vou conseguir. Ele rebateu: tenho fábrica de ônibus, vida ganha e se você não jogar bem, vai embora para cortar cana de novo. Eu não abaixei a cabeça, graças a Deus estou aí e vou parar com a família tendo pãozinho com leite”.

A aposentadoria citada por Aloísio já está definida: ele irá deixar os gramados em dezembro, com 37. A missão também está estipulada – Chulapa quer deixar o CRB, time onde foi revelado e escolheu para terminar a carreira, na Série B do Brasileirão. “Tem que manter. Esse é o meu desejo, para parar por cima”. Atualmente, ele se recupera de lesão e deve voltar aos gramados em um mês.

Aloísio se recorda com muita alegria de sua passagem pelo São Paulo, lugar onde foi campeão mundial (2005) e tricampeão brasileiro (2006 a 2008). Chulapa revelou manter contato com vários atletas daquela época, como Rogério Ceni, Lugano, Jorge Wagner e Alex Silva.

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Aloísio, o folclórico

O atacante do CRB disse estar por dentro de tudo que acontece no seu clube de coração e acompanhar as partidas do São Paulo. Prova disso é que ele se sentiu a vontade para criticar o episódio recente de afastamento do zagueiro Paulo Miranda do time.

“Achei muito errado. Gosto muito do presidente, da diretoria, mas achei uma coisa que não foi correta, pois abala o jogador. Na concentração é tudo irmão. Ninguém gostaria se qualquer jogador sofresse aquilo numa concentração”.

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