Atacante Fabrício Carvalho usa música para superar problema no coração e prepara 2º CD
Bruno Thadeu
Do UOL, em São Paulo
20/03/2012 06h00
Fabrício Carvalho teve seu ponto alto na carreira defendendo o São Caetano, no início dos anos 2000. Aos 34 anos, o atacante da Ferroviária, que teve passagem pela Portuguesa, concilia o futebol com a música. Ele está em fase final de produção de seu segundo álbum evangélico, que se chamará “Deus em Milagres”.
Fabrício enfrentou momento delicado na carreira quando foi diagnosticada arritmia no coração. Ele ficou dois anos afastado do futebol para tratamento cardíaco (2005 e 2006). Esse período longe dos campos estreitou a relação com a música.
“Quando parei um pouco de jogar acabou aflorando esse meu lado musical. Não faço música para vender, mas acabo entregando esses CDs para que as pessoas se aproximem de Deus”.
O jogador/cantor não é somente um intérprete. Fabrício Carvalho compôs as 15 faixas do novo CD, que será lançado de forma independente, sem gravadora. Ele faz aulas de teclado e violão e concluiu aula de canto.
“A música acaba sendo uma terapia para mim. Gosto bastante. O CD já está pronto. Falta apenas escolher a capa. Não sou santo, nunca tive essa pretensão. Mas procuro seguir o exemplo de Jesus”, conta o jogador, que disputa a série A-2 pelo time de Araraquara.
Embora esteja prestes a lançar seu segundo álbum evangélico, Fabrício ainda pretende seguir como jogador.
Na avaliação de Fabrício, a fama traz consequências nefastas na vida de determinados atletas. Os jogadores sem base para suportar o sucesso acabam se tornando pessoas sozinhas, crê Fabrício. Sobram exemplos: Adriano, Jobson e Régis Pitbull.
“Você vê o Adriano, que é uma pessoa boa, não ter um ideal na vida. O Corinthians fez tudo por ele e nem assim adiantou. Não tem Deus por perto. O Jobson também não aproveitou as oportunidades. O Régis Pitbull foi internado para se livrar das drogas. Ao contrário do Neymar, que mesmo diante de um assédio monstruoso, tem um pai que lhe dá apoio”.